Francisco Bendl
Alguém de fora poderia pensar que esta reclamação atual contra os políticos seria um sintoma de desestabilização da democracia, sempre frágil neste País. No entanto, para os que vivem no Brasil, há um culpado somente: os próprios parlamentares.
Vou apenas citar um exemplo de como o PT elaborou a política brasileira com base nos seus aliados do momento, aqueles restolhos de partidos que se venderam por cargos quaisquer.
Quanto seria o salário de um professor do Magistério Público em nível nacional, a sua média (refiro-me ao Ensino Fundamental e Médio)?
Mil e duzentos reais, um pouco mais, um pouco menos? Claro, há quem perceba valores mais altos, mas são os que estão em fim de carreira, os inativos, merecidamente.
Mil e duzentos reais, um pouco mais, um pouco menos? Claro, há quem perceba valores mais altos, mas são os que estão em fim de carreira, os inativos, merecidamente.
Vamos lá, então, para encurtar a questão: R$ 1,5 mil mensais, salário médio do professor no Brasil. Confrontemos com os vencimentos de um senador da República, no período de janeiro a maio, por exemplo. De modo que não me acusem de bairrista, um senador gaúcho, Paulo Paim. E como é do partido do governo, PT, certamente deve ser econômico em seus gastos.
Um professor ganharia então, nesses cinco meses do ano, até maio, 1,5 mil X 5= R$7,5 mil. É o que recebe para aluguel, locomoção, roupa, remédios, comida, material escolar etc.
Os vencimentos do senador em tela foram de R$ 26,7 mil X 5 = R$ 133,5 mil. Ou seja, um professor recebe CINCO E MEIO POR CENTO dos proventos de um parlamentar!
DOIS E MEIO POR CENTO!!!
E tem mais, muito mais: o diligente senador gaúcho do PT gastou, até maio, a título de despesas pessoais e de seu gabinete, viagens, passagens aéreas, alimentação, hotéis e aluguel de automóveis, a quantia de R$ 163, 2 mil, que dividida mensalmente pelos cinco meses corresponde à média de R$32,6 mensais!
O senador Paim – lembram dele, aquele que se intitulava como defensor dos aposentados, e hoje passeia pelo País e exterior? – ganha mensalmente R$ 60 mil para não fazer nada.
E a confrontação em percentuais com o senador, que embolsou dos cofres públicos em cinco meses, a soma de R$ 300 mil, e um professor, com seus R$ 7,5 mil, na verdade chega a apenas DOIS E MEIO POR CENTO!
Não se trata de questionar a democracia, trata-se de, imperiosamente, fazê-la ser do povo para o povo e pelo povo, apenas isso.
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