sexta-feira, 28 de junho de 2013


Senado vai ter que explicar contratação de garçons


Nomeados por atos secretos, profissionais ganham até R$ 14,6 mil

Alvo dos protestos que tomaram as ruas, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), terá de apresentar ao Ministério Público Federal explicações sobre os sete garçons que atuam no plenário da Casa e que recebem remunerações de até R$ 14,6 mil. A Procuradoria da República no Distrito Federal abriu um procedimento para investigar a suposta prática de improbidade administrativa na contratação, manutenção e remuneração dos sete servidores do Senado — três servem o cafezinho dos senadores exclusivamente no plenário e quatro atuam na copa contígua ao plenário.

O procedimento foi instaurado com base em reportagens do GLOBO veiculadas em abril e maio, que denunciaram a existência de garçons nomeados para cargos de confiança por meio de atos secretos e com salários até 20 vezes superiores ao da categoria em Brasília. O responsável pela investigação é o procurador da República Igor Nery Figueiredo. O procedimento tem prazo de 90 dias, podendo ser prorrogado por mais 90 dias. ...

Nesse período, o procurador coletará provas sobre “possível irregularidade no pagamento de remuneração de até R$ 15 mil para sete garçons do Senado Federal, em tese nomeados por ato secreto”. A Casa será oficiada para prestar esclarecimentos. Os sete garçons receberam remuneração entre R$ 7,3 mil e R$ 14,6 mil em março, incluídos salários, vantagens e horas extras por serviços no plenário e no cafezinho. Trata-se de um grupo que, até a nomeação para os cargos comissionados, desempenhavam funções terceirizadas no Senado.

Por Vinicius Sassine
Fonte: O Globo - 28/06/2013

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