terça-feira, 9 de abril de 2013

O futuro Imobiliário de Porto Alegre demanda planejamento

 


Segundo dados divulgados pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), instituição de pesquisa vinculada à Secretaria de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, a população de Porto Alegre somava 1,41 milhão de habitantes em 2011. Esse número é 3,9% superior ao registrado no ano 2000 (1,36 milhão). Em pouco mais de uma década, a cidade passou a abrigar mais 53,5 mil moradores. Considerando que a área ainda é a mesma – 496,6 mil km2 –, o avanço da população é um estímulo para o crescimento vertical. 

Tal situação é confirmada pela 15ª edição do Censo do Mercado Imobiliário, elaborado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS) e divulgado em setembro do ano passado. De acordo com o estudo, naquele momento estavam à venda 333 novos empreendimentos imobiliários somando 8.423 unidades, com área ocupada de 761 mil metros quadrados. A grande maioria era de imóveis residenciais – 7.923 unidades (94,54%), distribuídas em 7.692 apartamentos, 269 casas e 40 coberturas. 

Como em todas as capitais brasileiras, se por um lado a expansão populacional e imobiliária vem como consequência do desenvolvimento da cidade e do crescimento de diversos segmentos econômicos, por outro expõe fatores que precisam da máxima atenção das autoridades locais, dos órgãos públicos, da iniciativa privada e de todos os habitantes. Sobretudo em relação à infraestrutura necessária para suportar tal evolução. 

A demanda se torna ainda mais intensa diante da preparação para a próxima Copa do Mundo, que acontece no Brasil em 2014. Porto Alegre está entre as capitais que receberão jogos dessa competição internacional. O aeroporto Salgado Filho, que em 2012 recebeu 8,2 milhões de passageiros, segundo estatísticas da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), é um exemplo das mudanças que precisam acontecer. Considerando a expectativa de que o volume de usuários salte para 8,8 milhões no ano que vem, o local receberá diversas melhorias e terá sua capacidade ampliada para 13,1 milhões de pessoas por ano, em dois terminais.  

As obras no Salgado Filho fazem parte de um pacote de investimentos de R$ 76,9 milhões que envolve ampliação do pátio para as aeronaves; instalação de mais pontes de embarques, balcões de check-in, escadas rolantes, elevadores e esteiras de bagagem; novas posições de aeronaves, com embarque e desembarque; entre outras benfeitorias. Com o aeroporto mais bem estruturado, o município acaba sendo valorizado, o que tem reflexos diretos no mercado imobiliário. 

Como nem só de aeroporto vive a capital gaúcha, outras iniciativas estão em andamento para que se faça uma criteriosa análise de todos os demais segmentos envolvidos com o desenvolvimento da cidade. A partir daí serão definidas soluções efetivas para os principais problemas. Durante quase todo o mês de abril, a Secretaria Municipal de Governança trabalhará junto a oito executivos globais exatamente com esse intuito. A troca de experiências entre o grupo ajudará a prefeitura de Porto Alegre otimizar o planejamento urbano de forma participativa, contando com a contribuição dos cidadãos. Segundo o prefeito José Fortunati, a parceria será fundamental na qualificação das decisões em relação aos investimentos na cidade. 

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