quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Elevadores automotivos permitem que um carro fique em cima de outro com segurança e ampliam espaço




Opção para garagens pequenas, duplicador de vagas já
é usado em concessio-nárias de Curitiba
Luxo ou dilema? O espaço 
destinado para estacionamento dos 
carros, tanto em empreendimentos
 residenciais quanto nos comerciais, 
é limitado e em vários casos é 
preciso encontrar alternativas para 
manter os veículos protegidos. 
Com a escassez de terrenos e a 
valorização do metro quadrado, 
uma vaga de garagem, em Curitiba,
 pode custar entre R$ 20 mil e 
R$ 50 mil. Já o aluguel mensal de  um local para o carro varia 
conforme a localização do imóvel, mas pode ser encontrado a partir
 de R$ 130.



Uma das maneiras de driblar a falta de espaço são os elevadores de veículos. É um sistema mecânico que 
eleva um carro e deixa espaço para outro embaixo. O aparelho, que custa cerca de R$ 12 mil, pode ser 
uma opção mais barata para acomodar dois carros no mesmo espaço do que dispor de novas vagas físicas. 
No entanto, o elevador requer um espaço mínimo: pé direito de pelo menos três metros e espaço da vaga 
de cerca de 5 por 2,5 metros.


“O duplicador pode ser uma solução para que o carro não consuma um espaço nobre da construção”, avalia 
o arquiteto Rodrigo Freire, sócio da Garage Plan Park Design, empresa de Curitiba especializada em layout 
de garagens e estacionamentos. O sistema de carros engavetados já está sendo testado em algumas 
concessionárias da cidade. “É uma solução para a falta de espaço, mas as pessoas ainda desconfiam do 
aparelho porque não é comum”, comenta o arquiteto.


A ferramenta é fabricada por várias marcas, todas fora do Brasil, e precisa ser importada. Funciona como os
 elevadores de carros usados em oficinas e possui sistema de segurança, evitando que seja acionada quando
 há um carro no chão.


Custos


Norimar Ferraro, professor de arquitetura da Universidade Positivo, lembra que a solução automatizada para 
guardar o carro traz gastos com manutenção. “Os elevadores são um bom recurso, com custo de aquisição 
até 30% menor com relação às garagens em subsolo, mas o sistema exige manutenção, da mesma forma que
elevadores de pessoas, e a vida útil dos equipamentos também deve ser contabilizada”, comenta.


A metragem destinada aos veículos em empreendimentos imobiliários é considerada nobre. “Nos edifícios
 residenciais as vagas são limitadas e previstas de antemão, por isso não há terreno disponível para ampliar o
 estacionamento”, comenta Ferraro. Mas é preciso destinar metragem para os carros. “Edifícios de médio a
 alto padrão que não oferecem entre duas e três vagas de garagem não têm aceitação no mercado”, diz F
erraro. Por isso, na hora da negociação, as construções mais antigas estão em desvantagem - não oferecem 
a quantidade de vagas necessárias com relação à metragem do apartamento.



Soluções
Conheça opções para o espaço dos carros.
• Vagas descobertas: quando o terreno permite, os carros podem ser guardados sem proteção. Sem custo 
de construçã, leva ao desgaste dos veículos.
• Vagas cobertas fora da construção: espaços cobertos com pequenos apoios e telhas leves. Essa opção e a
 anterior são mais comuns em edifícios e conjuntos populares por envolverem menos gastos.
• Garagem sobre o solo na construção: as vagas ficam no corpo do edifício. Podem ser vedadas com
 paredes ou não, como no caso dos pavimentos no térreo. O custo se eleva consideravelmente. É uma 
solução para edifícios de médio padrão.
• Garagens enterradas: têm o maior custo de construção. Quanto mais pavimentos de garagens no subsolo, 
maior o custo. Destina-se a edifícios de médio a alto padrão. Nesse caso, as circulações dos carros também
 são cobertas, o que encarece bastante a obra, influenciando o custo final do empreendimento. Com isso, o 
arquiteto tenta otimizar ao máximo o espaço de garagens em seus projetos, aumentando o número de vagas
 ao mesmo tempo em que reduz o espaço para a circulação dos veículos.

Adaptação
Para que uma garagem ofereça espaço suficiente para o carro e conforto para manobra é preciso estudar o 
melhor layout para o espaço disponível. Uma vaga ideal tem 18 metros quadrados, mas é possível oferecer 
espaços com 12 metros quadrados, onde cabe um veículo. “Em alguns casos de garagem mal desenhada, 
encontramos vagas de até 33 metros quadrados”, explica o arquiteto Rodrigo Freire, da Garage Plan Park 
Design. Como as vagas físicas, em Curitiba, custam de 20 a 50 mil reais, um projeto de adaptação das 
vagas pode ser positivo para os condôminos.


Fonte: gazetadopovo.com.br


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