Integração é a palavra de ordem
Na faculdade de arquitetura aprendem-se teorias e práticas de
naturezas diversas, mas alguns conceitos são repetidos
frequentemente no decorrer dos anos de estudo. Os bons projetos
têm em comum algumas características, como o melhor
posicionamento da construção no terreno, em relação aos aclives
e declives e à iluminação natural, bem como as suas aberturas l
evam em conta não só a luz, mas os ventos. Entretanto, apesar da
repetição, nem todos os projetos do mundo real apresentam
soluções bem resolvidas, que encaram todas as problemáticas
apresentadas pela natureza de frente. Não é o caso desta grande
casa joinvilense de 970 m², projetada pelos arquitetos do escritório
Metroquadrado. Ela traz em si inúmeras pequenas lições àqueles
que querem fazer boa arquitetura.
O chamado “partido” do projeto, ou seja, o seu desenho inicial, foi
definido em função das características físicas do terreno, que em
parte era plano e noutro lado apresenta um declive acentuado.
Na parte horizontalizada optou-se por locar o acesso da casa, tanto
de pedestres como dos veículos – a garagem, por sua vez, está num
nível semienterrado na parte de baixo, aproveitando o declive. A
orientação da casa no lote foi pensada de modo a garantir a melhor
insolação aos dormitórios. Foi uma escolha do trio de arquitetos
que regeu a obra. Em termos de luz do sol, não há um cômodo que
deva recebê-la em abundância obrigatoriamente. Em certos casos
opta-se por privilegiar as áreas comuns, noutros a ala privada.
Nesta casa, devido ao uso que os moradores dão aos quartos, a
segunda opção se fez valer.
“O que mais gostamos nesse projeto é a volumetria”, diz um dos
seus criadores. “Os planos que surgiram com o recuo das
esquadrias, a espessura das paredes e a adequação da casa no
terreno contribuíram para um volume completamente integrado com
o entorno, apesar da dimensão da residência”, explica. Um indício
desta integração é o bom uso das correntes de vento. Toda
ventilação é cruzada. Na sala de estar, por exemplo, que é integrada
com o espaço gourmet e o jantar, há dois grandes painéis de vidro,
um voltado para o norte e outro para sul, que garantem a
renovação do ar. No térreo, além das salas citadas, encontram-se a
áreas de serviço e o escritório. Internamente o destaque
arquitetônico é a lareira reversível, que integra dois ambientes,
funcionando tanto no estar como na varanda.
No andar superior, distribuição dos ambientes é regida por uma
passarela de circulação com mezaninos dos dois lados. Esta ponte
liga a suíte principal aos demais dormitórios e à sala íntima. A
separação do master bedroom visa dar privacidade ao casal.
Os materiais escolhidos para os acabamentos transmitem
acolhimento e aquecem a arquitetura contemporânea da casa.
Predominam as cores escuras, como o marrom e o preto. Do lado
de fora, há muito verde. O entorno é intensamente arborizado. O
paisagismo foi feito pela firma Agrícola Boa Vista. Ao longo da
varanda há belos espelhos d´água que compõem muito bem o
cenário com o jardim. A piscina ocupa a parte mais inclinada do
terreno. A palavra de ordem deste projeto é integração – seja
dentro, entre os ambientes, ou fora, entre a construção e a natureza.
Fonte: http://casavogue.globo.com
Fotos: Chan
Na faculdade de arquitetura aprendem-se teorias e práticas de
naturezas diversas, mas alguns conceitos são repetidos
frequentemente no decorrer dos anos de estudo. Os bons projetos
têm em comum algumas características, como o melhor
posicionamento da construção no terreno, em relação aos aclives
e declives e à iluminação natural, bem como as suas aberturas l
evam em conta não só a luz, mas os ventos. Entretanto, apesar da
repetição, nem todos os projetos do mundo real apresentam
soluções bem resolvidas, que encaram todas as problemáticas
apresentadas pela natureza de frente. Não é o caso desta grande
casa joinvilense de 970 m², projetada pelos arquitetos do escritório
Metroquadrado. Ela traz em si inúmeras pequenas lições àqueles
que querem fazer boa arquitetura.
O chamado “partido” do projeto, ou seja, o seu desenho inicial, foi
definido em função das características físicas do terreno, que em
parte era plano e noutro lado apresenta um declive acentuado.
Na parte horizontalizada optou-se por locar o acesso da casa, tanto
de pedestres como dos veículos – a garagem, por sua vez, está num
nível semienterrado na parte de baixo, aproveitando o declive. A
orientação da casa no lote foi pensada de modo a garantir a melhor
insolação aos dormitórios. Foi uma escolha do trio de arquitetos
que regeu a obra. Em termos de luz do sol, não há um cômodo que
deva recebê-la em abundância obrigatoriamente. Em certos casos
opta-se por privilegiar as áreas comuns, noutros a ala privada.
Nesta casa, devido ao uso que os moradores dão aos quartos, a
segunda opção se fez valer.
“O que mais gostamos nesse projeto é a volumetria”, diz um dos
seus criadores. “Os planos que surgiram com o recuo das
esquadrias, a espessura das paredes e a adequação da casa no
terreno contribuíram para um volume completamente integrado com
o entorno, apesar da dimensão da residência”, explica. Um indício
desta integração é o bom uso das correntes de vento. Toda
ventilação é cruzada. Na sala de estar, por exemplo, que é integrada
com o espaço gourmet e o jantar, há dois grandes painéis de vidro,
um voltado para o norte e outro para sul, que garantem a
renovação do ar. No térreo, além das salas citadas, encontram-se a
áreas de serviço e o escritório. Internamente o destaque
arquitetônico é a lareira reversível, que integra dois ambientes,
funcionando tanto no estar como na varanda.
No andar superior, distribuição dos ambientes é regida por uma
passarela de circulação com mezaninos dos dois lados. Esta ponte
liga a suíte principal aos demais dormitórios e à sala íntima. A
separação do master bedroom visa dar privacidade ao casal.
Os materiais escolhidos para os acabamentos transmitem
acolhimento e aquecem a arquitetura contemporânea da casa.
Predominam as cores escuras, como o marrom e o preto. Do lado
de fora, há muito verde. O entorno é intensamente arborizado. O
paisagismo foi feito pela firma Agrícola Boa Vista. Ao longo da
varanda há belos espelhos d´água que compõem muito bem o
cenário com o jardim. A piscina ocupa a parte mais inclinada do
terreno. A palavra de ordem deste projeto é integração – seja
dentro, entre os ambientes, ou fora, entre a construção e a natureza.
Fonte: http://casavogue.globo.com
Fotos: Chan
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