quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A presença da Opus Dei na politica no Brasil e na América Latina


Publicado no http://contextolivre.blogspot.com.br

A presença da Opus Dei na politica no Brasil e na América Latina. 17510.jpeg
Bento XVI saúda D. Javier Echevarría Rodríguez, 
Bispo titular de Cilibia, Prelado da Prelazia Pessoal do 
Opus Dei, 
Foto Flickr (Escritório de informação do Opus Dei
A Opus Dei atua também no monopólio da imprensa. Controla o jornal "El Observador", de Montevidéu, e exerce influência sobre órgãos tradicionais da oligarquia como "El Mercurio", no Chile, "La Nación", na Argentina e "O Estado de São Paulo", no Brasil.
O elo com a imprensa é o curso de pós-graduação em jornalismo da Universidade de Navarra em São Paulo, coordenado por Carlos Alberto di Franco, numerário e comentarista do "Estadão" e da Rádio Eldorado.
O segundo homem da Opus Dei na imprensa brasileira é o também numerário Guilherme Doring Cunha Pereira, herdeiro do principal grupo de comunicação do Paraná ("Gazeta do Povo").
Os jornalistas Alberto Dines e Mário Augusto Jakobskind denunciam que a organização controla também a Sociedade Interamericana de Imprensa - SIP (na sigla em espanhol).
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Analisando a estrutura de classes dos países latino-americanos, Darcy Ribeiro identificava como segmento hegemónico dentro das classes dominantes o corpo de gerência das transnacionais. Ponta de lança do imperialismo, é ele quem dita ordens e impõe ideologias às demais fracções e, em muitos casos, organiza-as politicamente. A desnacionalização das economias latino-americanas na década de 90 agravou este quadro. A alteração de mais relevo no perfil da classe dominante verificada no bojo deste processo é o crescimento da influência da Opus Dei. Sustentada pelo capital espanhol, a organização controla jornais, universidades, tribunais e entidades de classe, sendo hoje peça chave para se compreender o processo político no continente, inclusive no Brasil, onde quer eleger Geraldo Alckmin presidente da República.
Mas o que é afinal, a Opus Dei (em latim, Obra de Deus)?
Em seu campo original de atuação, é a vanguarda das tendências mais conservadoras da Igreja Católica. "Este concílio, minhas filhas, é o concílio do diabo" teria dito seu fundador, Josemaria Escrivá de Balaguer, sobre o Vaticano II, no relato do jornalista argentino Emilio J. Corbiere no seu livro "Opus Dei. El totalitarismo católico".
Fundada na Espanha em 1928, a organização foi reconhecida pelo Vaticano em 1947. Em 1982, foi declarada uma prelatura pessoal, o que, sob o Direito canónico, significa que só presta contas ao papa e que seus membros não se submetem à jurisdição dos bispos. "A relação entre Karol Wojtyla e a Opus Dei" conta o teólogo espanhol Juan José Tamayo Acosta "atinge seu êxito nos anos 80-90, com a irresistível ascensão da Obra à cúpula do Vaticano, a partir de onde interveio altivamente, primeiro no esboço e depois na colocação em prática do processo de restauração da Igreja católica sob o protagonismo do papa e a orientação teológica do cardeal alemão Ratzinger."
Fontes ligadas à Igreja Católica atribuem o poder da Obra à quitação da dívida do Banco Ambrosiano, fraudulentamente falido em 1982.
Obscurantismo e misoginia são traços que marcam a organização. Exemplos podem ser encontrados nas denúncias de ex-adeptos como Jean Lauand, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo - Universidade de São Paulo (USP), que recentemente escreveu junto com mais dois ex-membros, o juiz Márcio Fernandes e o médico Dário Fortes Ferreira, o livro "Opus Dei - os bastidores". Em entrevista ao programa Biblioteca Sonora, da Rádio USP, Jean Lauand conta que a Obra tem um "Index" de livros proibidos que abrange praticamente toda a filosofia ocidental desde Descartes. Noutra entrevista, à revista Época, Jean Lauand denuncia as estratégias de fanatização dos chamados numerários, leigos celibatários que vivem em casas da organização: "Os homens podem dormir em colchões normais, as mulheres têm de dormir em tábuas. São proibidas de segurar crianças no colo e de ir a casamentos". É obrigatório o uso de cinturões com pontas de ferro fortemente atados à coxa, como prática de mortificação que visa refrear o desejo. Mas os danos infligidos pelo fanatismo não se limitam ao corpo.
No site que mantém com outros dissidentes (http://www.opuslivre.org/), Jean Lauand revela que a Obra conta com médicos especialmente encarregados de receitar psicotrópicos a numerários em crise nervosa.
A captação de numerários dá-se entre estudantes de universidades e escolas secundárias de elite. Centros de estudos e obras de caridade servem de fachada. A Opus Dei tem forte presença na USP, em especial na Faculdade de Direito, onde parte do corpo docente é composta por membros e simpatizantes,como o numerário Inácio Poveda e o diretor Eduardo Marchi. Outro expoente da organização na USP é Luiz Eugênio Garcez Leite, professor da Faculdade de Medicina e autor de panfletos contra a educação mista. A Obra atua também na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade de Campinas (Unicamp) e Universidade de Brasília (UnB).
Fazendo a América
Mas a Opus Dei é mais que um tema de saúde pública. Ela tem, desde a origem, uma clara dimensão política. Durante a ditadura de Franco, praticamente fundiu-se ao Estado espanhol, ao qual forneceu ministros e dirigentes de empresas e órgãos governamentais. No fim da década de 40, inicia sua expansão rumo à América Latina. Não foi difícil conquistar adeptos entre oligarquias como as da Cidade do México, Buenos Aires e Lima, que sempre buscaram diferenciar-se de seus povos apegando-se a um conceito conservador de pretensa hispanidade. Um dos elementos definidores desse conceito é exatamente o integralismo católico.
Alberto Moncada, outro dissidente, conta em seu livro "La evolución del Opus Dei": "os jesuítas decidiram que seu papel na América Latina não deveria continuar sendo a educação dos filhos da burguesia, e então apareceu para a Opus Dei a ocasião de substituí-los - ocasião que não hesitou em aproveitar".
No Brasil, a organização deitou raízes em São Paulo no começo da década de 50, concentrando sua atuação no meio jurídico. O promotor aposentado e ex-deputado federal Hélio Bicudo conta que por duas vezes juízes tentaram cooptá-lo. Seu expoente de maior destaque foi José Geraldo Rodrigues Alckmin, nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)por Médici em 1972 e tio do atual governador de São Paulo. Acontece que nos anos 70, o poder da Opus Dei era embrionário. Tinha quadros em posições importantes, mas sem atuação coordenada. Além disso, dividia com a Tradição, Família e Propriedade (T.F.P.) as simpatias dos católicos de extrema-direita.
Era natural, da mesma forma, que, alguns quadros dos regimes nascidos dos golpes de Estado de 1966 e 1976, na Argentina, e 1973, no Uruguai, fossem também quadros da Opus Dei. Mas segundo se lê no livro de Emilio J. Corbiere , sua atuação era ainda dispersa, o que não os impediu de controlar a Educação na Argentina durante o período Onganí (1966-70).
Já no Chile, a Opus Dei foi para o pinochetismo o que havia sido para o franquismo na Espanha. O principal ideólogo do regime,Jaime Guzmá, era membro activo da organização, assim como centenas de quadros civis e militares.
No México, a Obra conseguiu fazer Miguel de la Madrid presidente da República em 1982, iniciando a reversão da rígida separação entre Estado e Igreja imposta por Benito Juárez entre 1857 e 1861.
Internacional reacionária
A Opus Dei não criou o reacionarismo católico, antes, teve nele sua base de cultura. Mas sistematizou-o doutrinariamente e organizou politicamente seus adeptos de uma forma quase militar. Hoje, funciona como uma espécie de Internacional reaccionária, congregando, coordenadamente, adeptos em todo o mundo.
Concorrem para isto, nos anos 90, o ápice do poder da Obra no Vaticano e a invasão da América Latina por transnacionais espanholas.
A Argentina entregou suas estatais de telefonia, petróleo, aviação e energia á Telefónica, Repsol, Iberia e Endesa, respectivamente. A Telefónica controla o sector também no Peru e em São Paulo. A Iberia já havia engolido a LAN, do Chile, onde a geração de energia também é controlada pela Endesa. Bancos espanhóis também chegaram ao continente neste processo.
No Brasil, o Santander comprou o Banespa e o Meridional, enquanto que o BBVA recebeu os ativos do Excel através do Proer, no governo de Fernando Henrique Cardoso.
"A Opus Dei tem sido para o modelo neoliberal o que foram os dominicanos e franciscanos para as cruzadas e os jesuítas frente à Reforma de Lutero" compara José Steinsleger, colunista do diário mexicano "La Jornada".
A organização atua também no monopólio da imprensa. Controla o jornal "El Observador", de Montevidéu, e exerce influência sobre órgãos tradicionais da oligarquia como "El Mercurio", no Chile, "La Nación", na Argentina e "O Estado de São Paulo", no Brasil. O elo com a imprensa é o curso de pós-graduação em jornalismo da Universidade de Navarra em São Paulo, coordenado por Carlos Alberto di Franco, numerário e comentarista do "Estadão" e da Rádio Eldorado. O segundo homem da Opus Dei na imprensa brasileira é o também numerário Guilherme Doring Cunha Pereira, herdeiro do principal grupo de comunicação do Paraná ("Gazeta do Povo"). Os jornalistas Alberto Dines e Mário Augusto Jakobskind denunciam que a organização controla também a Sociedade Interamericana de Imprensa - SIP (na sigla em espanhol).
Sedeada na Espanha, a Universidade de Navarra é a jóia da coroa da Opus Dei no negócio do ensino. Sua receita anual é de 240 milhões de euros. Além disso, a Obra controla as universidades Austral (Argentina), Montevideo (Uruguai), de Piura (Peru), de Los Andes (Chile), Pan Americana (México) e Católica André Bello (Venezuela).
Dentro da igreja católica, a Opus Dei emplacou, na última década, vários bispos e Cardeais na América Latina. O mais notável é Juan Luís Cipriani, de Lima, no Peru, amigo íntimo da ditadura de Alberto Fujimori. Em seu estudo "El totalitarismo católico em el Peru", o jornalista Herbert Mujica denuncia que quando o Movimento Revolucionário Tupac Amaru tomou a embaixada do Japão, em 1997, Juan Luís Cipriani, valendo-se da condição de mediador do conflito, instalou equipamentos de escuta que possibilitaram à polícia invadir a casa e matar os ocupantes.
Na Venezuela, a Obra teve papel essencial no fracassado golpe de 2002 contra Hugo Chávez. Um dos articuladores da tentativa foi José Rodríguez Iturbe, nomeado ministro das Relações Exteriores. Também participou da articulação à embaixada da Espanha, governada na época pelo neo-franquista Partido Popular (PP).
Após os reveses na Venezuela, as esperanças da Opus Dei voltaram-se para Joaquím Laví, no Chile, e Geraldo Alckmin, no Brasil, hoje seus quadros políticos de maior destaque. Joaquím Laví foi derrotado nas últimas eleições presidenciais chilenas em Dezembro. Resta o Brasil, onde a Obra tenta fazer de Geraldo Alckmin presidente e formar um eixo geopolítico com os governos Álvaro Uribe (Colombia) e Vicente Fox (México), aos quais está intimamente associada.
Entranhas mafiosas
Além das dimensões religiosa e política, a Opus Dei tem uma terceira face: a de sociedade secreta de cunho mafioso. Em seus estatutos secretos, redigidos em 1950 e publicados em 1986 pelo jornal italiano "L´Expresso", a Obra determina que "os membros numerários e supernumerários saibam que devem observar sempre um prudente silêncio sobre os nomes dos outros associados e que não deverão revelar nunca a ninguém que eles próprios pertencem à Opus Dei."
Inimiga jurada da Maçonaria, ela copia sua estrutura fechada o que frequentemente serve para encobrir atos criminosos.
Entre os católicos, a Opus Dei é conhecida como "Santa Máfia", Emilio J. Corbiere lembra os casos de fraude e remessa ilegal de divisas nas empresas espanholas Matesa e Rumasa, em 1969, onde parte dos activos desviados financiaram a Universidade de Navarra. Bancos espanhóis são suspeitos de lavagem de dinheiro do narcotráfico e da máfia russa. A Opus Dei também esteve envolvida nos episódios de falência fraudulenta dos bancosComercial (Uruguai, pertencente à família Peirano, dona de "El Observador") e de Crédito Provincial (Argentina).
Na Argentina os responsáveis pelas desnacionalizações da petrolífera YPF e das Aerolineas Argentinas, compradas por empresas espanholas, em dois dos maiores escândalos de corrupção da história do país, tiveram sua impunidade assegurada pela Suprema Corte, onde pontificava António Boggiano, membro da Opus Dei.
No Brasil, as pretensões de controlo sobre o Judiciário esbarram no poder dos Maçons.
A Opus Dei controla, porém, o Tribunal de Justiça de São Paulo através da manipulação de promoções. Segundo fontes do meio jurídico paulista, de 25 a 40% dos juízes de primeira instância no estado pertencem à organização - proporção que se repete entre os promotores, no tribunal, a proporção sobe para 50 a 75%.
Recentemente, o tribunal, em julgamento secreto, decidiu pelo arquivamento de denúncia contra Saulo Castro Abreu Filho, braço direito de Geraldo Alckmin, acusado de organizar grupos de extermínio desde a secretaria de Segurança, e contra dois juízes acusados de participação na montagem desses grupos.
A fusão dos tribunais de Justiça e de Alçada, determinada pela Emenda Constitucional n.º 45, foi uma medida da equipe do ministro da Justiça, Mácio Thomaz Bastos, para reduzir o poder da Obra no judiciário paulista, cuja orientação excessivamente conservadora, principalmente em questões criminais e de família, é motivo de alarme entre profissionais da área jurídica.
Henrique Júdice Magalhães

DECORO



Anhangüera
Conhecem esta palavra? Diz o pai dos burros que é um substantivo masculino que significa decência; respeito próprio; dignidade. Budagueobariuderoda! Queria falar sobre a absurda aposentadoria do nosso ex-presidente, aposentadoria essa não por tempo de serviço e nem por invalidez, que já as possui e sim por ser “anistiado” por haver sido preso durante alguns dias durante o governo militar, por participar de um grupo de simpatizantes de Fidel Castro que queriam liderar uma revolução e impor ao Brasil um governo semelhante ao de Cuba, com o pretexto de que esse tipo de governo traduz a mais pura democracia. Vimos isso nas mais recentes manifestações contra a blogueira cubana Yoani Sanchez.lula1
O ‘beneficio” do molusco era bem superior ao que o INSS paga aos brasileiros, que pagaram a previdência durante 35 anos sobre 10 salários de referência, que é o máximo possível. Antes era sobre 20, e quem pagou naquela época, dançou. Para aumentar a nossa indignação, constava também que os tais “anistiados” não pagavam imposto de renda sobre suas aposentadorias. Descobri isso porque as informações são públicas, sabendo o número do benefício, data de nascimento, nome completo e CPF e, na época, confirmei esses dados e guardei o espelho. Não há como dizerem que é “fake”, a não ser que destruam o antigo substituindo por um novo, esse sim seria “fake”. Vejam no saiba mais o espelho. Hoje já não é mais possível, porque desde que alguém divulgou na internet as informações do sapo, o Ministério da Previdência correndinho instaurou um sistema de senha para manter o sigílo. Se pensarem que o salário máximo de contribuição, nessa época, era R$ 3.038,99, esse deveria ser o valor máximo que o trabalhador poderia receber de aposentadoria. Sobre esse valor incidia desconto de IR de R$ 286,88. Mas o ex ratificou a isenção de IR sobre os benefícios dos tais anistiados, pelo decreto 4897, no DOU de 26/11/2003. Se legislar em causa própria não for falta de decoro, tenho de reconhecer que minha inteligência é muito curta para saber o que realmente seria essa tal “falta de decoro”.
E encerrar este texto dizendo que, se o aposentado por anistia não paga IR e o trabalhador que batalhou toda sua vida e contribuiu com a Previdência paga, isso não pode ser chamado de imposto. Sem contar que o magu já contou aqui que, além do IR nos seus vencimentos de aposentado, lhe é descontado mais 11% a título de Contribuição para Aposentadoria. Antes é uma penalidade por ter sido honesto! E pareceria uma piada se não fosse trágico. O artigo 5º da CF é uma utopia. Bem, para um ex que a mandou se foder, não surpreende nada.
Brasil, um país que vai para a frente (do precipício)!
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PORTA DA RUA



Magu
Ontem, 26/02, no Jornal da Band, deram a notícia que a Câmara dos Deputados vai votar para acabar com o “auxilio paletó” no congresso, isto é, o 14º e o 15º salário. Entrevistado, o de putado Professor Sétimo, do PMDB (partido manipulador da democracia no brasil), do Maranhão (só poderia ser de lá mesmo, origem dos políticos mais honestos do país)  declarou, com aquela carinha de cândido, não ser justo acabar com isso, porque dos 26 mil reais, após os descontos, sobram apenas 20 mil. Nas entrelinhas, deixa claro que é duro ser deputado assim.
O âncora Ricardo Boechat termina a notícia com um belo comentário:porta

9 lavabos decorados com criatividade


Inovação sem limites em espaços reduzidos

28/01/2013 | POR ROBERTA DE LUCCA; FOTOS ANA MONTENEGRO (PESQUISA DE IMAGENS)
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O lavabo é um ambiente que, em muitas casas, ganha bastante atenção no décor. Por se tratar de um cômodo quase à parte, com personalidade própria, ali, tudo é permitido. Nestes pequenos espaços, decoradores, arquitetos e moradores ousam e brincam com cores, texturas e padronagens diversas. A Casa Vogue selecionou nove ótimos projetos para você se inspirar. Do lavabo rústico ao clássico, passando pelo contemporâneo, há de tudo na listagem. Confira!
  (Foto: divulgação)
Surpresa visual
Se o lavabo é um ambiente em que se pode ousar, este projeto é a perfeita tradução dessa ideia. A impactante mistura do vermelho e do preto foi explorada para criar um espaço surpreendente. Todas as paredes e o piso do ambiente foram revestidos com pastilhas de vidro da italiana Bisazza, na padronagem Key Red, assinada pelo arquiteto Carlo Dal Bianco. A bancada da pia abriga a cuba Acquagrande, de Giulio Cappellini e Roberto Palomba para a Ceramica Flaminia – lançada em 1997 na feira Abitare il Tempo, a peça tornou-se um ícone na época devido ao seu rigor geométrico. O lustre de cristal Vladimiro, do estúdio Lolli & Memmoli, e o pufe da Fenizia Design Studio completam o espaço.
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  (Foto: divulgação)
Luxo em cinza
A arquitetura limpa e de linhas retas, aliada à escolha criteriosa dos materiais, resultou no visual sofisticado e acolhedor do lavabo de um apartamento no condomínio Cidade Jardim, em São Paulo. Concebido pelo designer de interiores Marco Aurélio Viterbo, o ambiente de 4,50 m² tem paredes revestidas com seda da Safira Sedas, na cor cinza com nuances em prata. A tonalidade faz contraponto ao off-white da pedra Caesarstone, da Marmobello, usada na bancada da pia e no piso. O dourado das molduras do espelho e da gravura, ambos da Orbi Brasil, é destacado pela iluminação embutida na sanca e da luminária Cubetto, na Wall Lamps. Sobre a bancada, bandeja e perfumeiro da Baccarat.
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  (Foto: divulgação)
Impacto pixel a pixel
Para este projeto, os moradores haviam feito um pedido inusitado ao designer de interiores Leornardo Di Caprio. Queriam que o revestimento usado no lavabo pudesse ser reaproveitado em um endereço futuro, já que o jovem casal mora provisoriamente no apartamento próximo ao Parque Ibirapuera, em São Paulo. A ideia do designer foi criar um ambiente impactante e inovador, forrando seus 2,30 m² com um revestimento que desse uma aparência pixelada e de relevo. Comum trabalho manual semelhante ao da marchetaria, foram encaixados, um a um, 5.500 cubos de MDF laqueados ou revestidos com folha natural de imbuia, que percorrem paredes e teto. Batizado de Osbloco, o sistema será vendido em caixas, na A Lot Of, a partir de 2013.
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  (Foto: divulgação)
Cor e descontração
O morador do apartamento, em Ipanema, no Rio de Janeiro, queria um lavabo alegre. No espaço de 2,80 m², a arquiteta Andrea Chicharo criou uma base branca com tinta acrílica nas paredes para que recebessem a pintura artística criada por Gabriela Índio da Costa, equilibrando-se, assim, a rusticidade do piso de peroba e da madeira de demolição que forma a bancada da pia. Como o ambiente é estreito, a bancada baixa com cuba da Vallvé é uma solução que não “aperta” a entrada do lavabo. Um rasgo no forro embute a iluminação da Lumini e cria um efeito flutuante no teto.
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  (Foto: divulgação)
Caixa de ébano
Na reforma do apartamento, em Curitiba, o arquiteto Guilherme Torres adicionou preciosos 20 cm à largura do espaço com menos de 3 m². A alvenaria foi substituída por uma estrutura de MDF revestida com ébano-de-macassar. A cor escura se contrapõe ao mármore travertino do piso e ao Corian branco do lavatório em forma de totem, feito pelo Studio Vitty. Uma arandela com lâmpada incandescente e duas minidicroicas dão um efeito tênue ao ambiente decorado com espelho da Conceito: Firma Casa e banqueta de metal da Sandra Fuganti Interiores.
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  (Foto: divulgação)
Tradução do contemporâneo
A casa fica em Sitges, a 35 km de Barcelona. O décor é assinado pela arquiteta espanhola Marina Martí Gean, atenta a detalhes como o papel de parede aplicado em uma das paredes deste lavabo. A padronagem gráfica é refletida pelo conjunto de espelhos redondos com molduras de ferro da italiana Moco, instalados na parede acima da bancada. De madeira teca pintada de cinza, a peça que apoia a cuba da catalã Sistema 3 parece flutuar no ambiente – sensação reforçada pelo vaso sanitário suspenso. O contraponto a tanta contemporaneidade fica por conta do piso de cerâmica de 40 x 40 cm.
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  (Foto: divulgação)
Um quê antigo
A casa na praia da Baleia, litoral norte de São Paulo, é de clientes de longa data da In House Designers de Interiores. Com liberdade para projetar o lavabo, a designer Andréa Bugarib criou um painel de ladrilhos hidráulicos da Fábrica de Mosaicos, aplicado sobre a parede pintada na cor framboesa. A atmosfera retrô do revestimento permitiu o uso de uma bancada de junco sintético da Entreposto para sustentar a cuba da Deca. Acima desta peça, o espelho quadrado da Star Home garante a simetria do ambiente de 3 m². Objetos da L’oeil e porta-sabonete da Star Home.
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  (Foto: divulgação)
Ideia de modernidade
Os proprietários deixaram Clarissa Strauss à vontade para projetar o lavabo do apartamento no bairro paulistano do Ibirapuera. A arquiteta temperou o ambiente com elementos bem atuais. A atmosfera moderna é obtida com a pintura especial semelhante ao concreto, executada pelo Atelier de Pinturas Adriana e Carlota, e a cuba de resina de poliéster instalada sobre a bancada de cristal acidato, ambas da Vallvé. O cumaru chocolate do piso é o mesmo que reveste o living, conectando esses ambientes. O espelho lateral extragrande com madeira folheada a prata envelhecida, na L’oeil, e a luminária de piso, na Lumini, são itens de forte apelo visual.
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  (Foto: divulgação)
Biblioteca informal
Se uma palavra que define bem o carioca é “descontração”, o lavabo deste apartamento no Leblon resume esse conceito. Leitores incansáveis, os moradores têm tantos livros que o arquiteto Maurício Nóbrega propôs o inusitado: colocar alguns exemplares no lavabo, em uma estante convencional, ao estilo de uma biblioteca. Nesta peça, executada pela marcenaria Sob Medida, fica apoiada a prancha de peroba usada como bancada da pia. Um espelho colocado em um recuo na alvenaria amplia o ambiente de 4 m², que tem piso revestido de cerâmica Brennand. No décor, itens dos moradores e da loja Lalla Bortolini.
*Matéria publicada em Casa Vogue #328

A casa de Willy Rizzo em Paris



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  (Foto: Ricardo Labougle)
* A reportagem a seguir foi publicada originalmente neste site em 2 de julho de 2012. Por ocasião do recente falecimento de Willy Rizzo na última segunda-feira, recuperamos a matéria de nosso arquivo, com o intuito de homenagear este homem que por 70 anos fotografou o mundo e as pessoas excepcionalmente. O italiano morreu aos 84 anos em Paris. A causa não foi divulgada. 

Willy Rizzo não é um nome estranho para os brasileiros. O fotógrafo italiano, precursor da fotografia de celebridades, autor de capas consagradas da Paris Match e designer premiado, não saía do Brasil entre as décadas de 1960 e 1980, quando vinha visitar a amiga Odile Rubirosa e o playboy Jorginho Guinle. A Casa Vogue teve a exclusividade de fotografar seu apartamento parisiense, na avenida George V, onde ele vive desde 1979 com sua mulher Dominique.
Depois de anos morando entre Paris e Roma, Willy mudou-se com Dominique para Nova York, onde permaneceu entre 1979 e 1981 para viver os anos efervescentes do Studio 54 e Xenon e toda a criatividade que a cidade oferecia na época. Antes disso, o casal já vivia neste apartamento, no qual permanece até hoje. "Seu décor é fiel ao período em que nos mudamos para cá, na década de 1970. Ele só foi crescendo e se enchendo de história", diz Rizzo, que ganhará retrospectiva entre 7 de agosto e 8 de setembro no MuBE, em São Paulo.
  (Foto: Ricardo Labougle)
Na sala, o azul-canário, um clássico francês, pontua móveis e tapetes. O estilo Rizzo espalha-se desde as mesas de bronze até os sofás, desenhados por ele em seu estúdio em Roma, nos anos 1960, quando foi o decorador preferido de Oleg Cassini, Otto Preminger, Gunter Sachs, Brigitte Bardot e Vincent Minelli, que viviam em palácios na capital italiana e em Saint-Tropez.
Willy acredita que bom design é eterno, e, assim, móveis Luís XVI e peças contemporâneas podem conviver em harmonia com esculturas do artista Cesar. Embora seja italiano, sua escola é acadêmica e francesa, por isso o olhar treinado para o belo e as proporções. As paredes do apartamento exibem obras de Di Cavalcanti, portas da Bahia e outros objetos trazidos de suas viagens pelo mundo como fotojornalista. Na entrada, Charles Matton pintou sobre dois óleos do século 19 comprados num marché au puces os rostos de Dominique e Willy – puro humor. Resta na entrada, em um pedestal de mármore, a escultura de Nero. 
Na sala de jantar, as raízes do morador falaram mais alto: as paredes trazem as paisagens de Nápoles, sua terra natal – com o Vesúvio ao fundo e sua rua de infância. Uma mesa inglesa é cenário para divertidos jantares, nos quais o dono da casa vai para a cozinha preparar a famosa “pasta Rizzo”, com um molho secreto. “No fundo, Willy é um jornalista, e como todo bom jornalista, tem a sensibilidade e a criatividade de encontrar e conhecer bem as pessoas. Ele adora isso”, comenta Dominique. Pelo espaço de 220 m² do apartamento passaram nomes como Christina Onassis, Jack Nicholson, Anouck Aimé, Vera Valdez e Helmut Newton.
Uma grande surpresa é o quarto de dormir, que revela a paixão de Rizzo por máquinas velozes e mulheres. A cama, desenhada por ele, tem como inspiração um Rolls-Royce. Na parede, acima da cama, há desenhos oferecidos ao fotógrafo pelo diretor de Hollywood Jean Negulesco (o preferido de Marilyn Monroe), que revelam mulheres nuas. Uma raridade.

Desde o início de sua carreira, Rizzo chamou atenção pelo seu jeito chic e irreverente, algo que encantou sua grande amiga Coco Chanel. Outra amiga, Vera Valdez, conta que Chanel achava Willy muito elegante, era fascinada pela maneira como ele se vestia: seus casacos de inverno tinham forro de pele (mink). Algo que Chanel copiou e transpôs para suas próprias criações, como contou Vera. O estilo de Rizzo é inconfundível. Seja na fotografia, no design ou na vida.  
  (Foto: Ricardo Labougle)
  (Foto: Ricardo Labougle)
  (Foto: Ricardo Labougle)
  (Foto: Ricardo Labougle)

  (Foto: Ricardo Labougle)

  (Foto: Ricardo Labougle)

  (Foto: Ricardo Labougle)

  (Foto: Ricardo Labougle)

  (Foto: Ricardo Labougle)

  (Foto: Ricardo Labougle)

  (Foto: Ricardo Labougle)

  (Foto: Ricardo Labougle)

  (Foto: Ricardo Labougle)

Charge do Sponholz



Tentativa de defender o ministro Adams, da AGU, piora ainda mais a situação dele



Carlos Newton
As tentativas de defesa do ministro Luís Inácio Adams estão se tornando cada vez mais patéticas. A nota “oficial” divulgada por outros dirigentes da Advocacia Geral da União (AGU) beira ao ridículo, ao classificar como “de caráter eminentemente político” a representação que o Sindicato dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) fez à Comissão de Ética da Presidência colocando em “suspeição” o trabalho da Corregedoria da AGU.
 “Estou tranquilo…”
Segunda-feira, a Comissão de Ética pediu explicações ao advogado geral da União, Luís Inácio Adams, sobre possíveis irregularidades na emissão de pareceres técnicos no esquema deflagrado pela operação Porto Seguro, da Polícia Federal. Como se sabe, a Corregedoria da AGU já tinha sido acionada e arquivou o caso.
Terça-feira, em nota “oficial”, os dirigentes saíram em defesa dos trabalhos do órgão. “A referida entidade sindical, em sua atitude de caráter eminentemente político, acaba colocando em dúvida a importância da Corregedoria, suas competências e a autonomia na realização de suas atividades, bem como o histórico da sua atuação”, diz o texto, assinado pelo advogado-geral da União substituto, Fernando Luiz Albuquerque Faria, e o procurador-geral, Paulo Kuhn, dentre outros.
Só faltou a assinatura do próprio corregedor, Ademar Passos Veiga, que é amigo de Adams e por ele foi nomeado para o cargo. Veiga deveria ter se declarado suspeito, mas não se pode esperar esse tipo de atitude num relacionamento promíscuo como esse.

Construtoras redesenham imóveis para idosos



O envelhecimento da população brasileira também está movendo o mercado imobiliário. Se já tinham, em sua grande maioria, opções de lazer para crianças e adolescentes, os novos condomínios agora trazem facilidades para idosos.

Foi a partir de uma experiência na Pompeia (zona oeste de São Paulo), em 2008, que a Tecnisa desenvolveu o projeto para maduros. A intenção era fazer um condomínio para recém-casados com filhos, mas as vendas revelaram outro tipo de proprietário.

"Vimos que 15% dos compradores eram pessoas acima de 55 anos. A gente está acompanhando essa curva do envelhecimento da população, e é bom perceber que não é uma fatia irrelevante do mercado", diz a gerente de projetos Patrícia Valadares.

Para direcionar a construção dos novos condomínios, a empresa reuniu geriatras, gerontólogos (estudiosos da vida idosa) e arquitetos especializados em design universal, que faz adaptações para garantir o acesso para pessoas com limitações de movimento em imóveis residenciais e comerciais.

ADAPTAÇÕES

As alterações acontecem dentro dos apartamentos e nas áreas comuns. A instalação de interruptores mais baixos e tomadas mais altas para diminuir o esforço para abaixar e levantar, o uso de maçanetas em forma reta a fim de facilitar a abertura das portas e a instalação de pisos de mesmo padrão para evitar desníveis são algumas das mudanças nas casas.

Nos espaços do condomínio, escadas das piscinas foram construídas em alvenaria e com corrimão, barras de alumínio identificam vidros dos prédios e até o porcelanato, usado por diversos lançamentos, foi substituído. "Trocamos por madeira porque a luz reflete no chão e pode provocar acidentes para quem tem problemas de visão", diz Valadares.

Com o conceito, foram lançados dez prédios no bairro do Marapé, em Santos (a 72 km de São Paulo), conhecida por ser a escolha de muitos aposentados para morar após sair do trabalho. No total, são 1.627 apartamentos: oito blocos com dois quartos, previstos para junho de 2012, e outros dois, de três dormitórios, que devem ficar prontos um ano depois.

Uma das compradoras é a secretária executiva paulistana Elizabeth Henriques, 59, que se mudará para o litoral com o marido quando se aposentar, em busca de melhor qualidade de vida. "Esperamos ter vizinhos de nossa faixa etária ou próxima a ela. Gostamos de prosa e mais ainda com pessoas da mesma idade."

ACESSO PARA TODOS

Em Suzano e Mogi das Cruzes (Grande São Paulo), pesquisas de mercado levaram a J. Bianchi a construir dois prédios com design universal em 2008. Com a venda dos edifícios, foram lançados outros dois condomínios nessas cidades em 2010. Segundo a construtora, já foram negociados 70% dos apartamentos.

"Percebemos uma aceitação maior entre proprietários mais velhos e tivemos até cadeirantes que escolheram o prédio por causa das mudanças", afirma a gerente de projetos Juliana Tartaglia.

Além das adaptações das construtoras para esse público, entidades de assistência a idosos também começaram a fazer condomínios dedicados a essa faixa etária.

Em São José do Rio Preto (a 438 km de São Paulo), a Agerip (Associação Geronto-Geriátrica de São José do Rio Preto) criou um condomínio destinado para maiores de 55 anos. A entidade oferece o terreno e a ajuda de um engenheiro especializado em casas para idosos para a construção de chalés, que é pago pelo comprador.

De acordo com a entidade, um título, que custa R$ 15 mil, dá direito ao usufruto eterno da casa. A associação afirma que 40 residências já têm moradores, enquanto outras 63 serão construídas.

CUIDADOS NA SUA CASA

Banheiros: a instalação de barras de apoio nos vasos sanitários e no box facilitam a locomoção. Para ajudar a abrir as torneiras e o chuveiro, o uso de registros monocomando ou com pontas, que podem girar para águas quente, morna e fria, ameniza a abertura do chuveiro.

Maçanetas: os modelos de alavanca devem ser adotados, pois são mais fáceis de abrir que os redondos (ou bolinha), que precisam de mais força nas mãos para girar.

Pisos: evite os pisos brilhantes e que precisam ser encerados. Além do risco de escorregar, a luz pode refletir no piso e dificultar a visão dos mais velhos. Prefira pisos de madeira e cerâmicas foscas. Evitar também os ressaltos entre os pisos dos cômodos.

Portas: prefira as de correr, pois exigem menos força para abrir. Os espaços de passagem também devem ser maiores, pelo menos com 80 cm de vão livre, para garantir a entrada e saída sem problemas com acompanhantes ou aparelhos como cadeira de rodas e andadores.

Interruptores e Tomadas:
 os botões devem ser mais baixos que o normal, com, no máximo, 1 metro de altura, a fim de minimizar o esforço. Pelo mesmo motivo, a tomada deve ser mais alta. A regra também pode ser aplicada para descargas e registros.

Fonte: Jornal Floripa 

Justiça permite a corretor fazer avaliação oficial de imóveis e divide profissionais


O TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região negou apelação e manteve a permissão para que corretores de imóveis possam realizar avaliações de preços solicitados pelos clientes. A decisão divide os profissionais do mercado imobiliário, já que foi o Confea (Conselho Federal de Engenharia,Arquitetura  e Agronomia) que tentou derrubar na Justiça a realização deste trabalho por corretores.

A decisão foi comemorada pelo Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 14ª Região, em Mato Grosso do Sul). “Foi uma decisão sábia e justa, que vem coroar uma luta que o sistema Cofeci/Creci vem travando há muitos anos. Nenhum profissional está tão bem preparado para realizar avaliações imobiliárias como o corretor de imóveis. São os corretores que vivenciam o mercado imobiliário dia após dia durante todo o ano”, analisou Delso José de Souza, presidente do Creci/MS.

Ainda segundo Souza, a decisão do TRF/1 assegura aos corretores de imóveis de todo o Brasil a possibilidade de ter um novo nicho de mercado, que – nas palavras do presidente do Cresci – com certeza será explorado por profissionais em todos os municípios do estado.

A briga judicial começou em 2006, quando o Cofeci (do Conselho Federal dos Corretores de Imóveis) publicou resolução autorizando a emissão, por parte dos corretores, de parecer técnico de avaliação mercadológica, para levantar o valor comercial de um imóvel.

A resolução foi contestada judicialmente pelo Confea e pelo Ibrape (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia), porém sem sucesso.

Trabalho de engenheiro

Mesmo defendendo uma atuação em conjunto entre engenheiros e corretores de imóvel, o Crea/MS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) defende que a avaliação de um imóvel requer o conhecimento de inúmeras questões técnicas, e “não só de opiniões”.

O Conselho defende que a avaliação imobiliária para fins de verificação de valor do imóvel requer a utilização de métodos científicos, conhecimentos técnicos e formação específica, podendo e devendo ser realizada por profissionais do sistema Confea/Crea.

“A infraestrutura e equipamentos urbanos, diretrizes municipais de projeto para a ocupação do solo, projetos, qualidade dos acabamentos, patologias, vícios e danos construtivos, durabilidade, necessidades e custos de reformas ou recuperações, conforto térmico e acústico são apenas alguns dos aspectos intrínsecos e extrínsecos dos imóveis que só podem ser devidamente avaliados por um profissional da engenharia”, defendeu, em nota, o Crea/MS.

De acordo com Jary Castro, presidente do Crea/MS, a decisão não muda o panorama atual do mercado imobiliário. Para ele, as atividades de engenheiros têm entre suas atribuições a realização de estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, pareceres e divulgação técnica.

“A verdade, é que para se definir o valor mercadológico de um imóvel exige-se muito mais que opiniões, são necessários conhecimentos técnicos e científicos que são inerentes e exclusivos desses profissionais (engenheiros)”, frisou.

Tatiana Pires e Vinícius Squinelo