Carlos Newton
As tentativas de defesa do ministro Luís Inácio Adams estão se tornando cada vez mais patéticas. A nota “oficial” divulgada por outros dirigentes da Advocacia Geral da União (AGU) beira ao ridículo, ao classificar como “de caráter eminentemente político” a representação que o Sindicato dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) fez à Comissão de Ética da Presidência colocando em “suspeição” o trabalho da Corregedoria da AGU.
“Estou tranquilo…”
Segunda-feira, a Comissão de Ética pediu explicações ao advogado geral da União, Luís Inácio Adams, sobre possíveis irregularidades na emissão de pareceres técnicos no esquema deflagrado pela operação Porto Seguro, da Polícia Federal. Como se sabe, a Corregedoria da AGU já tinha sido acionada e arquivou o caso.
Terça-feira, em nota “oficial”, os dirigentes saíram em defesa dos trabalhos do órgão. “A referida entidade sindical, em sua atitude de caráter eminentemente político, acaba colocando em dúvida a importância da Corregedoria, suas competências e a autonomia na realização de suas atividades, bem como o histórico da sua atuação”, diz o texto, assinado pelo advogado-geral da União substituto, Fernando Luiz Albuquerque Faria, e o procurador-geral, Paulo Kuhn, dentre outros.
Só faltou a assinatura do próprio corregedor, Ademar Passos Veiga, que é amigo de Adams e por ele foi nomeado para o cargo. Veiga deveria ter se declarado suspeito, mas não se pode esperar esse tipo de atitude num relacionamento promíscuo como esse.
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