18/01/2013
Charge de Roque Sponholz e Texto de Giulio Sanmartini
Em março do ano passado em seu “face book”, o ex-campeão do mundo deputado Romário (PSB-RJ), referindo-se à Copa do Mundo de futebol 2014, que terá lugar no Brasil, foi contundente: “É uma pena ouvir nas rádios, ver na TV, abrir os jornais e ler que o governo federal se uniu à Fifa para que a Copa do Mundo seja a maior de todos os tempos. Uma mentira descabida! Não será a melhor e nós vamos passar vergonha” (…) “Se continuar acontecendo coisas erradas e estranhas como esse encontro do Blatter (presidente da Fifa Joseph Blatter) com pessoas que não são ligadas a Lei Geral da Copa, ela será uma merda.” (…) “O pior ainda está por vir, porque o governo deixará que aconteçam as obras emergenciais, as que não precisam de licitações. Aí vai acontecer o maior roubo da história do Brasil”.
Um dos principais desafios da Copa são as melhorias nos sistemas de mobilidade urbana para as cidades-sede do evento. Até agora, dos R$ 9,1 bilhões previstos para serem aplicados dos na articulação das políticas de transporte, trânsito e acessibilidade nas cidades que irão receber o evento, menos de 6,8% do total de recursos foi executado.
Os R$ 616,4 mil gastos até agora, beneficiam as cidades Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife e o Rio de Janeiro. Os empreendimentos previstos para as cidades de Brasília, Salvador e São Paulo – que totalizam R$ 864,5 milhões, não foram sequer contratados.
Nos estádios a situação é a mesma, a Fifa fez um relatório criticando duramente o andamento das obras da maioria destes. A situação é crítica, já que, segundo o documento, há risco de atraso em cinco arenas do Mundial. Em relação a orçamentos, é esperado que nove dos 12 estádios da Copa possam estourar o valor atual fixado.
Tudo exatamente como previu Romário.
O governo está juntando duas coisas altamente explosivas, que é a incompetência associada à corrupção.
(1) Texto de apoio: Marina Dutra.
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