19/01/2013
Vitor VieiraLula sabe que precisa ter um mandato para se blindar contra as investigações do Mensalão do PT que estão a caminho, e que irão investigar sua atuação no caso. Para se blindar, ele pode concorrer a três coisas: a) governador de São Paulo; b) senador por São Paulo; c) Presidência da República.
Governo de São Paulo é algo que não o atrai, ele teria que se rebaixar, e isso não agrada ao imperador dos trabalhadores. Senado…. bem, poderia ser uma alternativa. Presidência da República? Ah, isto é o que realmente interessa a Lula, ele quer voltar para o poder em Brasília. Mas, para isso, ele precisaria remover a presidente Dilma Rousseff do caminho. Dentro do PT, isso não teria qualquer dificuldade. Em uma suposta convenção partidária, ele teria todos os votos, ou quase todos. Mas, ele parece disposto a removê-la do caminho previamente, sem necessidade de uma convenção. Ele já está meio a caminho disso, desde que quis continuar dando ordens a Dilma e levou uma enquadrada dela. Antes, Dilma ia a São Bernardo do Campo, agora conversa com ele nas dependências da Presidência da República. Em uma dessas idas a São Paulo, Lula ordenou a Dilma que nomeasse para vaga no Supremo Tribunal Federal um ou outro nome dos dois que entregou.
Dilma ouviu, não disse nada. Voltou a Brasília e mandou seu ministro da Justiça, o “porquinho” José Eduardo Cardoso, ligar para o ministro Teori Zavazcki e convidá-lo para uma reunião urgente. Cardoso ligou, o ministro respondeu que estava em São Paulo, acompanhando sua esposa em exames no Hospital Sírio Libanês. Ela é uma juíza gaúcha, e estava se tratando de um câncer de mama. Disse que estaria em Porto Alegre no dia seguinte, levando a esposa, e que a seguir poderia voltar para Brasília. “Pois então venha”, ouviu ele. Teori Zavascki chegou em Brasília no domingo e foi imediatamente conduzido para o Palácio da Alvorada, palácio residencial da Presidência da República. Lá, ouviu Dilma dizer: “O Senhor vai ser ministro do Supremo Tribunal Federal. Quero o senhor lá por causa da sua discrição”. Resumindo, ela estava dizendo que no Supremo andam falando em demasia. Teori Zavascki perguntou se ela tinha algo mais a pedir a ele. E Dilma respondeu: “Nada mais, só isso”. A tramitação da aprovação do nome de Teori Zavazcki no Senado Federal foi supersônica. Não deu o mínimo de tempo para as hostes petistas se reorganizarem. Diante da hostilidade de Lula e de seus comparsas, Dilma e Carlos Araujo, seu ex-marido, preparam a alternativa, a refiliação no PDT, para que ela possa concorrer à reeleição. Lula sabe que, se colocar Dilma contra a parede, as portas do inferno se abrirão para ele. A começar pelas portas do Ministério Público e da Polícia Federal, e continuando pelas portas das redações de todos os grandes veículos de comunicação do País, com os quais a sua ministra da Informação, Helena Chagas, tem uma grande proximidade.
(1) Fonte: Videversus
(1) Fonte: Videversus
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