sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Estadão denuncia esquema de Dirceu e Lindbergh na Refinaria de Manguinhos, no Rio



O jornal Estado de S. Paulo, em sua edição do dia 16, afirma que as divergências entre o governador Sérgio Cabral e a direção de Manguinhos começaram em 2008, quando o economista Marcelo Sereno (atual primeiro suplente de vereador do PT do Rio), que foi chefe de gabinete do ex-ministro José Dirceu na Casa Civil, assumiu a presidência da empresa Grandiflorum.
Dias após a posse, a companhia adquiriu a refinaria. O governador Cabral sabia que o grupo era liderado por Dirceu – o “chefe do mensalão”, segundo o Ministério Público Federal – e o objetivo era tentar se capitalizar para a eleição de 2010 no Estado.
Secretário de Comunicação do PT em 2005, início do processo do mensalão, Sereno ficou um ano à frente da Grandiflorum e no conselho de administração de Manguinhos.
Segundo o Estadão, a presença de Sereno nas duas cúpulas irritou o governador, que retaliou de imediato e mandou acionar judicialmente a refinaria, acusando-a de, em 2002, ter dado R$ 600 milhões de prejuízo ao Estado ao valer-se do regime especial tributário instituído naquele ano pela governadora Benedita da Silva (PT), também vinculada a Dirceu. Detalhe: na época, Sereno era secretário executivo da governadora.
Ainda segundo o Estadão, o esquema Dirceu, ao controlar a refinaria, buscava recursos para financiar em 2010 a candidatura do prefeito de Nova Iguaçu (hoje senador), Lindbergh Faria, ao governo estadual. O petista Lindbergh é inimigo político de Cabral até hoje.

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