Walter Marquart
…OU como distribuir o suor dos outros; dilapidar e deixar os transtornos vicejarem.
Teremos mais uma tarde a dedicar à TV Câmara. Já sabemos que houve crimes, esta faceta ninguém discute; baseado nas defesas anteriores haverá a repetição verborrágica, grande abundância de citações, não para esclarecer, mas para confundir e esconder tudo na moita da bajulação (haja saco). Continuaremos, no processo do mensalão, vendo a construção da grande pira onde a verdade se transformará em fumaça e a corrupção servirá de incensório para incensar os “libertadores” e libertos, verborrágicos e criminosos. Os crimes já foram pagos pela população, a grande castigada. Não houve dinheiro público, mas oriundo de publicidade, ta?
Desrespeito foi transformado em virtude, atributo institucional. Quando a “democracia” instituiu marcos regulatórios, planos econômicos tão sucessivos quanto inúteis, agências reguladoras, códigos, leis, controles e multiplicação de diretores, cargos de confiança e ministros, na verdade aumentamos a carga tributária com os recursos do público, passando-os às mãos dos maus governantes, e estes não estavam preocupados com os transtornos. Basta como exemplo, perguntar como, de automóvel ou caminhão, viajar nas nossas rodovias e voltar sem arranhões (exceção das rodovias paulistas)
Li um texto de Jorge Serrão (alertatotal – foto) alertando/afirmando que “as obras realizadas no País tiveram um acréscimo de 45 % em relação ao preço contratado” (o sobreprêço acertado na inicial é desconhecido), mas cotejando as obras e seus custos, na Europa, China, Chile, etc, podemos afirmar que 66 % do valor das obras “alimentam” o crime organizado, partidos políticos, corruptos e corruptores. Estão asfaltando o caminho onde são realizadas as marchas da insensatez. Desde há muito tempo, se tivéssemos construído três vezes mais (pois sem o roubo era possível), estaríamos desfrutando dos serviços de primeiro mundo. Lamentavelmente a corrupção comeu os serviços, água, esgoto, asfalto (de 1ª) ou a drástica diminuição da carga tributária.
O STF cometerá um crime de lesa pátria, também ele passará a ser julgado, se absolvições ocorrerem para não respingar nas biografias dos reais culpados, as desconhecidas ou conhecidas altas esferas da República. Fico rezando para que, após este julgamento (do mensalão), a Eliana Calmon (Presidente do Conselho Nacional de Justiça) não seja chamada a perquirir pessoas ou atos.
Cabe, neste momento, ao STF e não aos políticos, ensinar ao povo que o voto é muito importante e que sem a volta da proporcionalidade do voto não se justifica falar em democracia. O Brasil continuará a ser regido pela “democracia” do Maranhão do Sarney. Não! Não podemos esperar que o Legislativo, do próprio Sarney, acabe com a desproporcionalidade do voto. Cabe ao STF e não aos partidos políticos (até agora silenciaram) que no lugar do consenso arraigado sobre a teoria que só podem ser condenados os PP e P, a justiça condene mais dois Ps: partido político e políticos.
À tarde (novamente?) tudo ficará justificado e provado que houve muitos crimes, mas os doutos defensores não apontarão nenhum criminoso. Continuaremos a enganar o povo com o ufano de que acabamos com a miséria, milhões passaram a pertencer à classe média (com rendimentos de 600 reais?). E a meta, transformar o Brasil em um enorme Maranhão, se concretizará.
Todos esperam que não, mas teremos uma má tarde, assistiremos exemplos da arte verborragica, muita vaidade, vã filosofia e o monumental escracho da verdade e da justiça. Ao final serão galardoados os inimputáveis políticos e gestores públicos brasileiros, para gaúdio da corrupção que, livre e solta, continuará com a sua pândega. Fala sério!
Eu quero que os fatos desmintam tudo o que está acima. Sou um errado errante que o Plano Cruzado destruiu. Quem não era informal e não quis desviar-se da formalidade, a Comissão da Verdade não cuidará.
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