quarta-feira, 6 de junho de 2012

Apuração pra inglês ver



Depois que Fabio Pannunzio denunciou em seu blog (republicado aqui) que o mercado negro de sentenças continua em plena atividade em Mato Grosso, o presidente do Tribunal de Justiça, Rubens de Oliveira, pediu ao procurador geral de Justiça, Marcelo Ferra, e ao secretário de Segurança Pública, Diógenes Curado, que façam apuração do caso.
Obviamente é uma medida para inglês ver. Nenhum dos dois vai apurar um caso que começou a ser denunciado em 99 pelo juiz Leopoldino Marques do Amaral, que por isso foi assassinado (leia aqui carta deixada pelo juiz). Assassinato sem assassino até hoje, diga-se. No final do ano passado um advogado denunciou um que desembargador teria afirmado a ele que daria uma decisão de acordo com o pedido do presidente da assembléia.  Num caso patético em que o desembargador confundiu o advogado de acusação com o de defesa (relembre o caso aqui). Algo foi feito? Não. E o prefeito que havia sido afastado acusado de desviar recursos da saúde, está belo e fagueiro exercendo seu cargo.
Mas é uma boa iniciativa, demonstra que o TJ está sensível às denúncias feitas pela imprensa.
Leia a nota emitida pelo TJ:
“Diante da denúncia feita nesta terça-feira pelo jornalista Fábio Pannunzio, em seu blog, e repercutida por sites locais, de que estaria ocorrendo venda de sentenças no Poder Judiciário Estadual, o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Rubens de Oliveira Santos Filho, oficiou ao procurador-geral de Justiça, Marcelo Ferra de Carvalho, e ao secretário de Estado de Segurança Pública, Diógenes Curado, para que tomem conhecimento e adotem providências no sentido de apurar as referidas denúncias, que foram feitas sem a apresentação de provas”.

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