10/05/2012
às 19:34
O PT se lançou no mercado das ideias de posse de algumas, como possa chamar?, “ideias-força” — que se transformaram, como de hábito, em “ideias-farsa”. Uma delas é a tal “democracia interna” — vale dizer: as bases realmente influiriam na decisão do partido. Bem, vocês viram como Lula impôs Fernando Haddad como candidato em São Paulo, por exemplo. Querem mais “democracia interna” do que aquilo? Leiam agora o que vai no Estadão Online. Volto em seguida:
Por Daiene Cardoso:
Em reunião da Executiva Nacional, o PT anunciou nesta quarta que a escolha dos candidatos à prefeitura das cidades com mais de 200 mil habitantes e polos econômicos regionais terá de ser homologada pela direção nacional do partido. A resolução aprovada será submetida à votação na reunião do Diretório Nacional no próximo dia 18, em Porto Alegre (RS). O objetivo, segundo o presidente nacional da legenda, deputado estadual Rui Falcão (SP), é evitar a intervenção direta da cúpula petista nos diretórios regionais.
Em reunião da Executiva Nacional, o PT anunciou nesta quarta que a escolha dos candidatos à prefeitura das cidades com mais de 200 mil habitantes e polos econômicos regionais terá de ser homologada pela direção nacional do partido. A resolução aprovada será submetida à votação na reunião do Diretório Nacional no próximo dia 18, em Porto Alegre (RS). O objetivo, segundo o presidente nacional da legenda, deputado estadual Rui Falcão (SP), é evitar a intervenção direta da cúpula petista nos diretórios regionais.
“(A resolução) é justamente para que, se você tiver de fazer cumprir o regimento e a tática nacional, não ter de provocar a intervenção”, explicou o dirigente. De acordo com Falcão, uma intervenção direta nos diretórios onde a escolha for contrária à orientação nacional causaria “confusão do ponto de vista político e organizativo”.
A resolução da Executiva Nacional atinge diretamente cidades como Mossoró (RN) e Duque de Caxias (RJ), onde o PT quer obrigar seus líderes locais a desistir de candidaturas próprias para apoiar o PSB. O acordo serviria como moeda de troca para que os socialistas apoiem Fernando Haddad (PT) em São Paulo. “Nós avocamos para a direção nacional tanto Mossoró quanto Duque de Caxias”, avisou Falcão. “No momento devido podemos eventualmente formalizar uma coligação com o PSB”, emendou.
No encontro de hoje, além de Mossoró e Duque de Caxias, os petistas discutiram a situação de capitais como Fortaleza (CE) e Recife (PE), onde o PT submeterá a escolha ao processo de prévia. Em São Paulo, Falcão revelou que ontem (09) o partido voltou a conversar com a direção nacional do PCdoB sobre a possibilidade de uma aliança já no primeiro turno. “Há possibilidades (de acordo)”, sinalizou o cacique petista. De acordo com ele, a direção do PCdoB deixou claro que não abre mão da candidatura da deputada federal Manuela D”Ávila em Porto Alegre. Rui Falcão afirmou ainda que, além do PCdoB e do PSB, as conversas com o PR estão avançando e que o partido quer apresentar os aliados da chapa de Haddad no encontro do dia 2 de junho.
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VolteiViram? Querem mais democracia do que isso? A forma como Rui Falcão toca o partido expressa a maneira como ele acha que o Brasil deveria ser administrado: os cidadãos seriam livres depois de devidamente “autorizados” pelo Comitê Central.
Vejam como ele é democrático: as candidaturas estão sujeitas à prévia autorização da direção. É uma forma, diz este homem tolerante e a favor do poder das bases, de evitar a intervenção. E eles intervêm mesmo. O PT do Maranhão, por exemplo, foi humilhado. Toda a direção foi encostada porque Lula deu a ordem: é para apoiar Roseana Sarney. E ponto!
“Este é o meu garoto”, balbucia Lênin, lá do inferno.
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