sábado, 19 de maio de 2012

MILITARES DAS TRÊS FORÇAS SE UNEM E CRIAM COMISSÃO PARA ACOMPANHAR DELIBERAÇÕES DA "COMISSÃO DA VERDADE DO PT"



Militares reformados das três forças resolveram se unir para acompanhar os trabalhos da Comissão da Verdade, instituída pela presidente Dilma Rousseff. 
Uma comissão paralela foi criada pelo Clube Naval para acompanhar os trabalhos da Comissão da Verdade. A cada parecer da comissão do governo, o grupo pretende dar sua versão sobre o tema.
"Escolhemos oficiais e sócios que participam do dia a dia do clube. Decidimos formar um grupo para acompanhar os trabalhos da comissão e as discrepâncias em relação à nossa verdade", disse o almirante Ricardo da Veiga Cabral, do Clube Naval.
Sete militares reformados da Marinha foram escolhidos para integrar o grupo que acompanhará os trabalhos da Comissão da Verdade. Todos tem formação em direito.
Em reunião, na quinta-feira, na sede do Clube da Aeronáutica, no centro do Rio, os presidentes dos clubes militares apoiaram a iniciativa do Clube Naval de criar uma comissão paralela.
Além do almirante Cabral, os presidentes do Clube Militar, general Renato Tibau da Costa e da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista assinaram uma nota em que relatam a visão dos militares sobre a comissão federal.
Na nota, afirmam que as famílias dos militares "são totalmente desamparadas e ignoradas pelo Estado, enquanto que às famílias dos antigos militantes tudo é concedido. Honrarias, pensões indenizações".
O tema será abordado novamente na reunião de junho, que acontecerá no Clube Militar. "Essa comissão criada pelo governo me parece ter uma tendência à esquerda, analisando os interesses dos militantes na época", disse o almirante Cabral.
A Comissão da Verdade do governo irá apurar as violações de direitos humanos de 1946 a 1988, mas com foco no regime militar (1964-1985). Da Folha de S.  Paulo deste sábado

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