Autor: Inácio Araújo
A história da morte na estrada já rolou, já teve entrevistas do pai bilionário, da família do finado, a polícia já inocentou o rapaz em 10 minutos, muita gente o culpou em mais ou menos o mesmo tempo.
Vamos, sem maior perda de tempo, nos entender: essa história não vai dar em nada.
Mas alguns pontos merecem que a gente se detenha sobre eles.
O rapaz, o filho do Eike Batista, dirigia uma Mercedes. Ele jura que estava a 110 por hora. Desculpe, se estivesse a 110 numa estrada ele não seria apenas inocente, seria um bocó.
110 km/hora é quanto esse carro pega em segunda marcha. Não tem sentido subir nele para andar a essa velocidade.
51 pontos
O mais misterioso nessa história não é se o ciclista estava bêbado, no meio da pista, andando pelado ou o que for.
E sim: como um motorista com 51 pontos na carteira não recebeu uma notificação em casa, não tinha notícia das multas, etc?
Não era o caso de se perguntar ao Detran como pode esse tipo de milagre acontecer? É freqüente? Eike Batista mora numa zona perigosa, onde o Correio não se arrisca a chegar?
Porque na minha casa não há maldita notificação de multa, justa ou injusta, certa ou errada, que não chegue.
7 meses
Recebo notícia da Defensoria Pública SP, pelo email.
Ninguém dá notícia da Defensoria. Então dou eu.
Eles conseguiram habeas corpus para um rapaz preso em, se bem me lembro, São José do Rio Preto. Foi condenado pelo juiz de 1ª. Instância por roubar um boné avaliado em R$ 10,00.
A Defensoria pediu habeas corpus para ele, baseado na insignificância do roubo.O juiz negou.
Só em segunda instância foi possível libertar o rapaz.
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