quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Imóveis em Porto Alegre valorizaram 11%


Painel EconômicoDanilo Ucha | ucha@jornaldocomercio.com.br

Painel Econômico
Notícia da edição impressa de 16/01/2012
Imóveis em Porto Alegre valorizaram 11%
JOÃO MATTOS/JC
João Paulo Galvão, da Lopes Imobiliária.
João Paulo Galvão, da Lopes Imobiliária.
A valorização média dos imóveis, em Porto Alegre, em 2011, foi de 11% e a tendência é de que o crescimento continue, em 2012, segundo informação de João Paulo Galvão, diretor-executivo da Lopes para a região Sul. Perspectivas como esta é que colocaram o Brasil como o segundo melhor país para investimentos na área imobiliária. Galvão acredita que, em 2012, investidores de todo o mundo buscarão o País, onde o investimento no setor ainda é relativamente baixo. “O somatório total relacionado ao crédito imobiliário, no Brasil, chega a 4% do PIB, enquanto em outros países, como o Chile, é de 20%. Nos Estados Unidos, é maior do que 70%”, diz. Com o aumento da população e a estabilidade da economia e, principalmente, da renda, investir em imóveis no País se tornou um bom negócio. Os compradores, em Porto Alegre, é que terão que mexer mais no bolso. Segundo Galvão, quem deixou de comprar, em 2010, porque achou que estava caro, hoje já está pagando até 30% mais pelo mesmo imóvel.

Otimismo
Informações como a dos investimentos imobiliários tendem a criar um clima de otimismo sobre o comportamento da economia brasileira em 2012. Nem todos, porém, são totalmente otimistas. Os analistas da NGO Corretora de Câmbio, por exemplo, temem que esteja existindo excesso de otimismo. O economista Sidnei Moura Nehme, diretor-executivo da corretora, antevê reflexos negativos mais consistentes da crise internacional do que os ocorridos ao longo de 2011. Ele entende que o governo precisa ser otimista em suas manifestações, mas acredita que “há precauções já adotadas e  não expostas publicamente”, cabendo ao setor privado “uma visão mais analítica e cautelosa ante um cenário global que recomenda precaução”.

Indicadores

O presidente do Sinmetal, Gilberto Porcello Petry, chama a atenção para a distorção representada pela diversidade de indicadores da inflação existentes no Brasil. “Só em nosso país é que isto acontece em tal escala, pois são 15 os índices. Isto é um verdadeiro absurdo, pois, naturalmente, a inflação de um país é uma só, seja por que índice for”. Petry, que é graduado em Economia, lembra que quando cursava a faculdade a inflação era calculada pela FGV e o índice era o IGP-DI (Índice Geral de Preços no conceito de Disponibilidade Interna). “Aí veio o IBGE e passou a calcular seus índices e hoje virou uma salada de frutas”. E pergunta: “Como explicar a um aposentado que a inflação de 2011 que o governo divulgou foi de 6,50%,  mas o reajuste das aposentadorias acima de um salário-mínimo  foi de 6,08%? Por outro lado, os empresários também sofrem com a falta de coerência na aplicação dos índices, pois, frente a uma inflação de 6,50% e para um PIB de 2,9% em 2011, arcam com o reajuste de 14% do salário-mínimo”, conclui

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