sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Conheça a história da doméstica que investe em imóveis


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A empregada doméstica Fátima Eugênio Montesso, 50 anos, é uma lição viva de economia. Ela possui três imóveis e aluga duas residências, ainda incompletas. Os bens foram adquiridos com o marido, um pedreiro aposentado por invalidez, e os dois filhos, também pedreiros. Com carteira assinada há mais de 4 anos, ela espera a liberação do FGTS para conseguir terminar duas casas que estão alugadas, no Jardim São Clemente, em Maringá.

"Peguei empréstimo para construir, e meu marido também. Agora, se conseguir liberar o fundo de garantia, consigo terminar pelo menos o forro e o reboco de uma das casas", explicou.

Fátima sempre investiu em imóveis, mas uma separação conjugal, há quase 1 década, reduziu o patrimônio. Há 8 anos, com o novo companheiro, começou a construir a vida do zero. Comprou os dois lotes no Jardim São Clemente, há 7 anos, no lançamento feito pela loteadora, por R$ 21 mil e R$ 35 mil. Atualmente, com as edificações, os imóveis estão avaliados em R$ 120 mil.

"Estou morando em Sarandi e meu plano é construir um andar superior ao meu para alugar também", comentou. Lavando roupa, passando, cozinhando ou varrendo a casa onde trabalha, Fátima não perde as contas. "Com mais 5 anos de batalha, espero poder viver só da renda de aluguel dos meus imóveis."

Sempre com uma caderneta e um celular na mão, Fátima não dá ponto sem nó. Ela reduziu o aluguel de um dos inquilinos de R$ 500 para R$ 400 mensais, em troca de um adiantamento de 9 meses. "Com isso, consegui terminar o telhado", explicou. Ela já terminou de pagar o financiamento de um dos terrenos e não se perde com os juros. "As pessoas olham para as taxas e não percebem que, se for bem investido, você pode reverter e conseguir o dobro do que pagou."

As obras nos três imóveis da família continuam, com a ajuda dos dois filhos de Fátima, que são pedreiros. "Isso facilita, embora eles tenham que trabalhar em outras obras, que estão pagando muito bem", diz Fátima.

De Vinícius Carvalho e Agência Estado

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