segunda-feira, 6 de novembro de 2017

A NATIMORTA DEMOCRACIA BRASILEIRA - por Almir M. Quites


Fonte: http://almirquites.blogspot.com.br/2017/11/a-natimorta-democracia-brasileira.html

A democracia brasileira foi... nada mais que uma linda ilusão!

Chamamos de
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ditadura o regime no qual o governo está separado da Sociedade Civil e o Poder não vem do Povo. Ditadura é o regime em que a Sociedade Civil não elege seus Governantes ou é submetida a uma farsa eleitoral, como na Coréia do Norte, na Venezuela, Cuba, Angola, Congo, Guiné Equatorial, Zimbabwe, Omã, Rússia, China, Egito etc. A lista é longa, especialmente na África!

Para que o povo possa fazer escolhas lúcidas e tomar decisões a favor, ou contra, as políticas de governo, todas as mídias devem ser livres, da imprensa as meios eletrônicos e telemáticos de comunicação. Não se enganem, quando o governo impõe censura ou controla direta ou indiretamente os corpos editoriais: é ditadura.

As ditaduras geralmente se disfarçam de democracia perante o povo, que aos poucos se aliena, substitui a sua capacidade de observação e crítica pela fé e sua iniciativa pela submissão. Percebe-se o despotismo dissimulado quando políticos, que ainda não podem prender ou mesmo matar seus opositores, usam métodos substitutivos como processos judiciais por calúnia e difamação, compra da imprensa e dos órgãos de informação e usam a mídia para distorcer os fatos, usando recursos públicos ou ilícitos para impor uma versão alternativa de sua conveniência.

O comportamento tirânico de um político muitas vezes pode ser visto pelas altas verbas gastas em publicidade governamental, nos níveis municipal, estadual e federal.

Atualmente, mais de 50 países vivem em regime ditatorial, também denominados de “autocracias”. Muitos destes países, não permitem o voto popular periódico para escolher os governantes e tampouco liberdade de expressão. Outros se auto denominam de democráticos e até organizam eleições. No entanto, os candidatos de oposição e de situação se articulam nos bastidores, enquanto aparecem se digladiam em público; ou os candidatos da oposição são ameaçados e acabam desistindo ou morrendo “misteriosamente” pouco antes do pleito; ou o sistema eleitoral é organizado de modo que o governo possa ter o controle dos resultados eleitorais, ou ainda a apuração eleitoral não é transparente ao controle dos eleitores e os resultados são muito duvidosos, com diversas evidências de fraude que não são esclarecidas.

Aldous Huxley, no livro 'Admirável Mundo Novo' ('Brave New World" na versão original em inglês, 1931) escreveu: — “A ditadura perfeita terá as aparências da democracia, uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão com a fuga. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e ao divertimento, os escravos terão amor à sua escravidão”.

Recuso-me a falsificar conceitos. São eles que nos permitem distinguir uma Ditadura de uma Democracia, por mais que se tente falsificá-la. Se formos atentos aos conceitos, os governantes que chamam de Democracia o que de fato é Ditadura não nos enganarão. Nós saberemos que eles estarão ludibriando e zombando do povo.

Feito este preâmbulo, vamos focar nossa atenção no Brasil.

Dirijo-me a todos os brasileiros para dizer, sobretudo aos jovens, que não há democracia no Brasil, mas podemos e devemos lutar por ela de novo!

Depois da ditadura militar, penosamente superada, pensávamos que recuperaríamos a democracia, mas foi apenas mais uma ilusão. A tão sonhada democracia nasceu morta em 1985.

A década de 1980 foi uma transição pacífica do regime militar para o regime mafioso. Nela se consolidou um grande caporegime, ou seja, uma hierarquia que tem, no topo, o poderoso chefão de diversos caporegimes subalternos com suas tropas de militantes, ordenanças e soldados de alto soldo. Os "capos" possuem status social importante e grande influência na organização criminosa.

A Constituição Anticidadã de 1988 foi feita pelos políticos para garantir-lhes poder e impunidade. Com ela, a organização criminosa apoderou-se do Estado e passou a controlar o orçamento nacional. Assim, a República Federativa do Brasil morreu sem nunca ter nascido.

A existência da organização criminosa foi comprovada pela Operação Lava Jato. Por certo esta organização já existia embrionariamente, embora sem uma estrutura mafiosa típica, desde o final do século passado, principalmente em prefeituras petistas do Estado de São Paulo, onde até protagonizou atos terríveis  como em Campinas [Nota 1] (assassinato do prefeito Antonio da Costa Santos, conhecido como Toninho do PT), Santo André [Nota 2] (Assassinato do Prefeito petista Celso Daniel) e Monte Alto [Nota 3] (assassinato do prefeito petista Gilberto Morgado). Estes são exemplos que ficaram bem conhecidos. Porém, cresceu como um tumor e começou a se enraizar na estrutura do Estado brasileiro a partir de 2002, como manancial financeiro para a eleição do ex presidente Luis Inácio Lula da Silva à presidência da República, quando integrantes do PT se aliaram a grupos econômicos mediante a promessa do candidato de atender seus interesses privados em troca do apoio financeiro.

Com isso, Lula foi eleito e a Organização Criminosa passou a ganhar corpo e poder. Então, estruturou-se secretamente para, na frase do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, "cobrar propina em diversos órgãos públicos, empresas públicas, sociedades de economia mista controladas pela União e Casas do Congresso Nacional, a partir de negociações espúrias com as empresas que tinham interesses em firmar negócios no âmbito do governo federal e na aprovação de determinadas medidas legislativas". Então, foram nomeadas para cargos públicos (responsáveis por grandes orçamentos) pessoas previamente comprometidas com a arrecadação de propina. Essas pessoas, que compuseram o núcleo administrativo da organização criminosa, faziam a ponte com os empresários (núcleo econômico), que, por sua vez, pagavam os valores indevidos por meio de doleiros, depósitos em contas no exterior em nome de "offshores" (empresas de "paraísos fiscais"), doação eleitoral oficial e, também, em alguns casos, de estruturas desenvolvidas no âmbito das próprias empresas para ocultar a origem dos recursos ilícitos. Esses operadores eram os responsáveis pelo núcleo financeiro da organização criminosa.

O esquema petista foi ampliado para os partidos aliados, caracterizando a compra de votos dos parlamentares das duas casas do Congresso. Assim, o esquema ilícito serviu também para atender interesses escusos de integrantes de outras agremiações partidárias. Então começou a existir também a venda de cargos no governo ou empregos públicos.

Todos os integrantes desta organização criminosa, independente de partido, tinham em comum, obter o máximo de vantagem econômica indevida, a partir dos negócios disponíveis no âmbito da Administração Pública Federal direta e indireta e do Congresso Nacional. O Estado brasileiro estava à venda. Os interessados compravam, com propinas, todo o tipo de vantagem indevida, independentemente de tais negócios atenderem ou não a algum interesse público.

Em 2005 explodiu o caso conhecido como Mensalão, até então, o maior escândalo de corrupção política mediante compra de votos de parlamentares no Congresso Nacional do Brasil. O caso teve como protagonistas alguns integrantes do governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, membros do Partido dos Trabalhadores (PT), Popular Socialista (PPS), Trabalhista Brasileiro (PTB), República (PR), Socialista Brasileiro (PSB), Republicano Progressista (PRP), e Progressista (PP), sendo objeto da ação penal de número 470, movida pelo Ministério Público no Supremo Tribunal Federal (STF).

Hoje, a estrutura criminosa está bem desenvolvida. Há, no topo da hierarquia, uma Organização Criminosa Maior (OrCriM) que controla uma miríade de organizações criminosas menores que abarcam os três poderes constitucionais nos níveis federal, estadual e municipal. Os partidos políticos são faces de um mesmo poliedro irregular e criminoso. Se o atual presidente do Brasil, Michel Temer, fosse ator e representasse o poderoso chefão de uma máfia internacional, incorporaria o personagem tão perfeitamente que nunca mais se dissociaria dele.

As ditaduras que o Brasil teve, sempre tiveram eleições. Logo, não é a existência de eleições que caracteriza uma democracia. Até a pior ditadura do mundo atual, a Coréia do Norte, tem eleições. O que caracteriza uma democracia é a qualidade do processo eleitoral.

Os brasileiros podem salvar o Brasil nas eleições de 2018? Não! O Brasil é hoje uma cleptocracia, ou seja, um Estado governado por ladrões, no qual as decisões são tomadas com extrema parcialidade, indo totalmente ao encontro de interesses pessoais dos detentores do poder político. Esta cleptocracia é o que nominamos como Organização Criminosa Maior (OrCriM).

Acreditar no processo eleitoral num país em que todos os poderes chafurdam no lama da corrupção é um erro fatal. A grande organização criminosa controla o processo eleitoral, engana e explora o povo brasileiro.

Para entender melhor como o nosso processo eleitoral é controlado, leia aqui:
A FARSA ELEITORAL
http://almirquites.blogspot.com.br/2017/08/a-farsa-eleitoral.html

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é o órgão mais poderoso da República e é também o maior suspeito de fraudes! Tudo indica que estamos sendo iludidos há muito tempo! Parece exagero? Então, leia aqui:
O TSE É O CENTRO DOS PROBLEMAS
http://almirquites.blogspot.com.br/2017/06/o-tse-e-o-centro-dos-problemas.html

Você acredita que não houve fraude na apuração da eleição presidencial de 2014? Se você acredita que as eleições foram honestas, então terá que admitir que o povo brasileiro seja completamente idiota, porque elegeu a presidente Dilma Rousseff por maioria simples e, com pouco mais de dois meses de mandato, já a rejeitava por maioria qualificada de 2/3. Se a hipótese da idiotia dos eleitores for correta, então a eleição direta seria tolice! Sai dessa!

Para entender este "paradoxo", leia aqui:
FRAUDE ELEITORAL OU IDIOTIA DOS ELEITORES
http://almirquites.blogspot.com.br/2016/05/houve-fraude-eleitoral-ou-idiotia-dos.html

Quando o Senador Aécio Neves enfrentou a candidata a reeleição Dilma Rousseff, na eleição de outubro de 2014, parecia-me evidente que ele não se impunha na campanha eleitoral. Eu o via evitando os temas mais inconvenientes para a sua rival, principalmente nos debates pela TV. Isto me deixava perplexo, pasmado.

Hoje, suspeito que Aécio não pretendia mesmo vencer aquela eleição, bastava-lhe cumprir seu papel na farsa eleitoral. Mesmo assim, com toda a corrupção que aportava muito mais recursos ilícitos na chapa Dilma & Temer, ele quase ganhou. Parece-me, embora seja impossível comprovar, que nem mesmo o suposto "diferencial Delta" (assegurado no software da urna eletrônica) foi suficiente para garantir a vitória da chapa Dilma & Temer. Então, foi preciso interferir diretamente nos algoritmos da totalização dos boletins de urna, a qual é feita nos computadores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Para entender melhor este último parágrafo, convido você, Leitor, para fazer uma viagem no tempo, uma volta ao passado, para assistir, junto com outros viajantes, a marcha da apuração da eleição presidencial de 2014.

Para acessar o portal do tempo, clique aqui:
VIAGEM NO TÚNEL DO TEMPO
http://almirquites.blogspot.com.br/2016/03/viagem-ao-passado-dificil-de-engolir.html

A mesma desconfortável sensação de que Aécio Neves sabia que não deveria vencer as eleições, tive também em 2010, quando José Serra foi derrotado por Dilma Rousseff. Parecia-me que Serra também evitava assuntos espinhosos para a sua rival. Por exemplo, eles nunca mencionaram, nem ele nem Aécio, os objetivos criminosos do Foro de São Paulo, a aliança com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e, por extensão, com o narcotráfico. Aliás, o mesmo pode ser dito com relação à eleição presidencial de 2006, quando tivemos Geraldo Alckmin x Lula e em 2002, quando tivemos José Serra x Lula. Nestes dois pleitos presidenciais, nos debates que assisti pela TV, eu vi Lula, um ignorante, que tropeçava nas palavras e expressava pensamentos sonsos, digladiando com um oponente que, embora dominasse a língua portuguesa, procurava se nivelar ao oponente como se quisesse proteger um filho que está em dificuldade.

Hoje está provado: todos os partidos políticos estão na rede da OrCriM!

————— Notas de rodapé —————

Nota 1: Em 2001, veio à tona o caso da morte de Antonio da Costa Santos, conhecido como Toninho do PT, prefeito de Campinas. O assassinato de Toninho tem contornos de crime político porque Toninho tinha feito denúncias de desvio de verbas e favorecimento por parte de funcionários da prefeitura e também fez denúncias à CPI do Narcotráfico, que investigou políticos, empresários e traficantes da cidade. Toninho foi morto enquanto dirigia o seu carro na saída de um shopping em Campinas. Os criminosos portavam uma pistola 9,0 milímetros, de uso exclusivo dos militares, e deixaram pertences no Palio de Toninho, como celular, documentos, roupas novas e uma bandeira do MST. Mesmo assim, o caso foi facilmente abafado porque a mídia se concentrou no evento do dia seguinte, o fatídico 11 de setembro, no qual as Torres Gêmeas do complexo empresarial do World Trade Center, na cidade de Nova Iorque, foram atacadas.

Nota 2: Prefeito de Santo André, cotado para o ministério do primeiro mandato de Lula, Celso Daniel foi morto com 13 tiros na noite de 18 de janeiro de 2002. As investigações oficiais não foram conclusivas quanto aos motivos do assassinato. O Ministério Público avalia que o caso teve motivação política e denunciou o empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, ex-segurança que estava no carro com o prefeito, como mandante do crime.

Nota 3: Gilberto Morgado (PT), prefeito de Monte Alto, um município brasileiro localizado na Região Metropolitana de Ribeirão Preto, foi encontrado morto (09/06/2006) num prédio de apartamentos, na Avenida Rebouças, na zona sul. Morgado caiu do 23º andar, onde estava hospedado com a mulher, Rosa Maria de Oliveira Morgado, que entrou em estado de choque. Os peritos que estiveram no apartamento afirmaram que foi encontrada uma cadeira junto à janela e remédios de tarja preta, cuja venda sem receita médica era proibida.  Segundo a delegada, a mulher do prefeito afirmou que ele teria feito denúncias envolvendo a empresa Leão Leão.  A empresa Leão Leão foi denunciada pelo advogado Rogério Buratti, ex-assessor de Antonio Palocci na Prefeitura de Ribeirão Preto. O advogado afirmou que o também ex-ministro da Fazenda recebia R$ 50 mil por mês da empresa, responsável pela coleta de lixo. E citou outras prefeituras envolvidas, entre elas Monte Alto.

𝓐𝓵𝓶𝓲𝓻 𝓠𝓾𝓲𝓽𝓮𝓼

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