MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)
“Os embalsamadores removiam primeiro o cérebro, por que os antigos egípcios acreditavam que o pensamento vinha do coração e, portanto, o cérebro era supérfluo...” (Charlotte Booth)
Tenho me preocupado com as múmias stalinistas que escaparam das ruínas do Muro de Berlim e voltam como zumbis, e como num filme de terror insistem em ressuscitar uma deperecida ideologia, acumpliciados aos bandidos do narco-populismo bolivariano.
Felizmente não há muitos mortos-vivos entre os jovens, conforme pesquisa de opinião recente. Mas ainda encontramos alguns amigos, colegas e ex-colegas de trabalho, parentes e – coisa triste – pessoas que participaram de antigas lutas patrióticas e hoje abjuram a Pátria Brasileira, submetendo-se à confusa e intangível Pátria Grande.
Abandonaram este funesto desfile as melhores cabeças do esquerdismo aqueles que, quando jovens, acreditaram na faraônica utopia stalinista. Abriram as mentes e enxergaram a realidade, repudiando a farsa dos pelegos lulo-petistas.
Outros, porém, trazendo da origem o DNA da fraude, aceitaram tornar-se cópias de papel carbono da pelegagem no poder, alguns se mantiveram lucrativamente na militância mercenária e caricata que definhou por motivos óbvios.
Mantêm-se também as múmias que mamam nas tetas do corrupto PT-governo os privilégios dos empréstimos a fundo perdido, no aparelhismo da administração pública ou nas bolsas subserviência que vão da miséria real à exploração de uma cultura suspeita. Esses perderam pelos próprios interesses a visão histórica da vida em sociedade.
Conheço alguns que em mansões ou do alto de apartamentos de milhões de reais por metro quadrado usam a máscara da solidariedade pela miséria alheia para lucrar com isso; outros, afundados em poltronas com a boca escancarada, cheia de dentes, ouvem nostálgicas músicas de protesto dos anos 1960.
Esses esquerdopatas participam de cruzeiros em transatlânticos de luxo nos mares helênicos discursando sobre os emigrantes fugidos das ditaduras que eles mesmos defendem metaforicamente...
As múmias stalinistas esperam uma vida futura, sem acompanhar a evolução que ocorre no exterior das sólidas, mudas e frias paredes de pedra dos seus túmulos. Cegas e surdas não reagem aos estímulos da realidade.
Estimulam suas tropas de choque a brigar por $0,30 nas passagens dos transportes públicos, mas não veem nem mostram indignação diante do faraó da iniqüidade, Lula, o pelegão que após afastar-se da Presidência da República deixou o Brasil roubado e ainda levou consigo o acervo do Palácio do Planalto.
Na chegada em Brasília, Lula trazia uma mão na frente e outra atrás; na saída, levou onze caminhões baú, sendo um climatizado; como constou no edital de licitação para o respectivo transporte. Para não falar das propriedades adquiridas suspeitosamente. E parece aos felás da idiotice tratar-se de uma coisa normal, por que não esboçam um protesto... Nunca no correr dos séculos se viu algo semelhante!
A mudança de Lula, claro, foi toda paga com dinheiro público. Entre os objetos, levou para casa duas bicicletas e duas esteiras ergométricas da presidência (que foram devolvidas posteriormente). Levou a cama do Alvorada, uma peça de cristal com o primeiro artigo da Constituição Americana dada por Obama, um conjunto de taças de prata presente da rainha Elizabeth, uma coleção de jóias da família Real ofertada pelos Emirados Árabes, 9 mil livros e obras de arte diversas.
Trata-se de um capítulo para acrescentar ao perfil de um pelego, cujo primarismo convive com a sagacidade inegável e uma desonestidade comprovada na trajetória sindicalista e no exercício da política, onde as tramóias sempre estiveram presentes.
Esta personalidade é cultuada pelos “socialistas bolivarianos”, que adotaram a indefinível e escorregadia moda narco-populista na infelicitada América Latina.
Foi fácil para marxistas dos Irmãos Marx (ou do Frei Boff) da turma do PCdoB, que na corrida desesperada de mortos-vivos correram de Stálin morto e denunciado por crimes, para Enver Hoxha – o tirano albanês – e deste para Mao-Tse Tung...
Na tresloucada tentativa de ressuscitar no século 21, as múmias stalinistas sem cérebro assistem o final da Era Petista, autocorrompida e autodestruída pela corrupção desenfreada, a inaptidão para o trabalho e a incompetência para gerir a administração pública. Seu destino já está traçado pela História: à volta aos sarcófagos.
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