Nicolau Maquiavel é considerado precursor da política moderna e “patrono” da Ciência Política.
Qual o feito que o alçou à condição de clássico da Teoria Política Moderna?
Em “O Príncipe”, publicado em 1513 – um manual sobre como conquistar e preservar o poder -, Maquiavel rompeu com a ótica “normativa” do pensamento político dominante desde a Grécia Clássica (século V a.C.) até a “Teologia Política Católica” da Idade Média, que via a política pela ótica de como ela “deveria ser” e não “como ela é”, de fato, praticada.
Rompeu-se, a partir de Maquiavel, o hímen da filosofia política enjaulada pela ética religiosa.
O pensamento político, depois de “O Príncipe”, imiscuiu-se no mundo profano e cru das disputas de poder tal como elas de fato são travadas pelos “animais políticos”.
Não obstante, a hipocrisia das “madres superioras”, que se arvoravam guardiãs da moral e dos bons costumes nos conventos medievais, em cujas celas velhas freiras praticavam os mais antigos vícios com noviças ingênuas recém entregues aos desígnios do “destino”, parece ter se deslocado para os editoriais de “O Estado de São Paulo” e “O Globo”.
Invariavelmente os editorialistas desses jornais cobram da oposição a responsabilidade com o ajuste fiscal e a correção das lambanças do PT com nossas contas públicas, como se coubesse à oposição e não ao governo essa missão.
Como é possível que o PSDB vote contra um ajuste fiscal cujos fundamentos compõem o cerne da política econômica do PSDB, cobram de dedo em riste essas madres superioras?
E, pior, o PSDB não passa incólume por essas cobranças.
Ainda que sua bancada tenha votado como recomendaria Maquiavel, não faltam, dentro do partido, as noviças “puras” a defender que o principal partido de oposição(?) devesse ajudar Dilma a salvar seu mandato e o PT a salvar seu poder em nome da “responsabilidade” dos tucanos para com o equilíbrio das contas públicas e a governabilidade do governo do PT.
Ora vão se catar!
A única responsabilidade que se deve cobrar de uma pretensa oposição política nesse país e para com a obrigação de remover o PT do poder o quanto antes.
Simplesmente porque não há solução para a crise com Dilma e o PT no governo.
Dilma, teu nome é crise! Crise, teu nome é Dilma!
O que falta para esses editorialistas entenderem que, com Dilma e o PT no governo, não haverá ajuste fiscal e nem solução para a crise econômica e política que vivemos?
O que falta para esses editorialistas entenderem que a saída do Brasil da beira do precipício em que nos encontramos somente será possível com a destituição (pela via constitucional de um impeachment ou cassação pela Justiça) de Dilma da Presidência da República?
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