terça-feira, 11 de agosto de 2015

LULLA, A CEREJA DO BANDO - Rapphael Curvo


A Coluna de Rapphael Curvo

Rapphael Curvo
Rapphael Curvo

Os dirigentes petistas continuam se passando por inocentes ao afirmarem que as doações de campanha recebidas pelo Partido dos Trabalhadores estão dentro da legalidade e declaradas a justiça eleitoral. Só esquecem, convenientemente, de esclarecer que são provenientes de “pixulecos”, ou seja, dinheiro sujo que foi desviado da Petrobras que hoje sangra pela roubalheira praticada em seus cofres. A companhia petrolífera, orgulho nacional, teve queda no seu lucro de 89% e arrecadou apenas 591 milhões de dólares no segundo trimestre, comparado ao ano de 2014. Esse é o resultado e consequência da administração da equipe petista frente ao governo do Brasil.

Tudo está em desarrumação. Tudo está quebrando, seja na economia, na organização social, na educação e por aí vai. Estamos em queda acelerada em todos os setores da vida brasileira. É grave e o próprio vice presidente pede socorro em busca de alguém para unificar o País. Como disse um deputado, só faltou cantar, na entrevista, “esse homem sou eu”. Firjan e Fiesp completaram a trama do enredo. Mesmo sem rumo, sem planejamento mínimo para dar alento empresarial e político, e até mesmo social, o governo petista/peemedebista busca uma saída de viés, para não se afogar, abraçando jacaré pensando ser tronco ao buscar no segmento de representação empresarial alternativa para frear os movimentos sociais e a perda iminente de mandato. Acontece que nem estes estão com a credibilidade elevada em razão de que as maiores lambanças foram engendradas pelos seus pares da indústria da construção civil.

Há momentos que me transtornam e me deixam meio atônito com declarações que não sei se são estapafúrdias ou geniais o que, neste caso não consigo ver onde. Com toda a situação que estamos passando ainda há líderes que consideram o impeachment uma ação inviável. O mensalão em 2005 era de proporção bem menos crítica e a não atitude da oposição gerou toda a situação que vivemos hoje. Será que não serviu de lição? Escuto FHC dizer que Dilma é honrada e que Lulla não deve ser desconstruído, é um mito a ser mantido. Tudo que aconteceu na campanha de 2014 não serviu como prova de que essa honradez é de fachada? As mentiras e fatos omitidos propositadamente por ela, de viva voz, durante os debates na TV para milhões de brasileiros ainda a faz ser merecedora de tal honradez?

Dizer que José Dirceu apenas errou ao montar todo esse esquema que perdura há treze anos e que vem sangrando o País, gerando um assalto generalizado aos cofres da Nação e que toda essa ação não foi um crime, é para mim algo de consternação e vergonha ante tudo que pensava ser o pai do Plano Real. Acredito, Sr. Fernando Henrique Cardoso, que está na hora de manter apenas a rotina do chazinho na Academia Brasileira de Letras. É muito difícil acreditar que o Sr. FHC desconheça que Lulla não sabia do que se passava debaixo do seu nariz, que não tinha conhecimento do fato. Guarde para o Sr. esse mito que idolatra ao qual entregou o governo em outubro de 2002.

Quem bem coloca o estágio em que estamos é o sociólogo Sallum Jr. (Estadão). Diz ele que não vê saída para a crise atual porque o governo Dillma não tem direção a tomar e nem a oposição tem horizonte a seguir. Maldosa é a colocação dos que querem a manutenção da presidente Dillma como motivo de não criar instabilidade política. Estes estão, na verdade, visando futura candidatura, excluindo o momento de apreensão em que vive o povo brasileiro. O momento é de mudança, de quebra com o status quo de nau a deriva. Para eleger o povo é capaz, mas para decidir seu futuro o povo não o é. O povo quer Dillma fora do governo. Será que as pesquisas não dizem isso ou “Fernando, tá com medo”? A população está sem partidos os quais não conseguem se organizar para receber tal apoio, as lideranças estão com medo do povo, da perda de seu espaço.

A operação Lava Jato está mostrando a necessidade urgente de desalojar toda essa equipe de governo do comando administrativo do Brasil. A estratégia da PGR e o Juiz Federal Sérgio Moro é excelente e bem montada. Aos poucos os convidados da Polícia Federal em Curitiba vão sendo mais graduados e está chegando no alto escalão do governo anterior a Dillma. Temos mais dois ou três para alcançar o chefe. É uma ação paulatina para não ter alvoroço, muito pelo contrário, será festejada por todo brasileiro decente. É o caso de mostrar o pau e depois matar a cobra. Comprova primeiro e depois prende. Incluem-se aí os filhotes dela que são os fiéis depositários dos desvios. E o Lulla, a cereja do bando.

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