segunda-feira, 13 de julho de 2015

Empresa israelense a caminho de criar a primeira pílula de insulina


Você pratica exercícios pelo menos três vezes por semana? 

A sua dieta é formada basicamente de vegetais, frutas e fibras? Se não, você faz parte de um grupo de alto risco para desenvolver diabete tipo 2. 

Se você já está nesta situação, você definitivamente não estará sozinho: De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 347 milhões de pessoas no mundo todo sofrem de diabetes e o número pode se aproximar de 600 milhões até 2035.

Até hoje, a única forma de tratar a diabete tipo 2 é pela injeção de insulina. No entanto, há duas empresas médicas na corrida pelo desenvolvimento de uma pílula de insulina, que poderia tornar mais fácil para aqueles que sofrem desta doença começar um tratamento no início, um avanço lento da doença, reduzir os riscos de efeitos colaterais, como cegueira, e protelar a necessidade das injeções.
Uma dessas empresas é a gigante farmacêutica Novo Nordisk, da Dinamarca, e a outra é uma pequena empresa com sede em Tel Aviv, chamada Oramed.
Apesar da sua desvantagem proporcional, a startup israelense está, no momento, um passo à frente: Sua fase dois
O conceito de insulina oral como forma de liberar os diabéticos das injeções diárias existe há décadas, mas fazê-lo acontecer é extremamente difícil, pois a insulina é destruída pelas enzimas no sistema digestivo. Além disso, enquanto muitos diabéticos se acostumaram a se injetarem, ou a utilizar uma bomba que injeta a insulina automaticamente, um grande problema é regular a quantidade constante de insulina no sangue, que não pode simplesmente ser realizada com injeções externas.
A Oramed acredita que encontrou agora uma solução para possibilitar que uma quantidade suficiente de insulina sobreviva ao passar pelo sistema digestivo de forma a ainda ter algum benefício.
Vencendo os obstáculos
A insulina deve chegar ao fígado, que regula a secreção de insulina na correntesanguínea. Diferente das injeções, a forma ingerida passa diretamente pelo fígado a partir do trato digestivo.
O CEO da empresa, Nadav Kidron, diz que as pílulas de insulina oral também são mais benéficas do ponto de vista financeiro. De acordo com ele, US$ 500 bilhões são gastos anualmente em tratamentos contra diabetes. “Mesmo uma pequena porcentagem de redução de custos fará uma diferença econômica enorme”, diz.

Uma plataforma para vacinas em forma de pílula

O próximo estudo de um ano, chamado de Fase IIb, nos Estados Unidos, estudará 150 pacientes de diabetes tipo 2 e, principalmente, testará a eficácia do medicamento.

A Oramed, que até agora levantou US$ 34 milhões, também precisará realizar um teste final de grande escala, a Fase III, antes que o medicamento seja licenciado para venda, portanto ainda levará alguns anos para a cápsula chegar ao mercado. A empresa, no entanto, está à frente da Novo Nordisk, que ainda precisa iniciar os testes da Fase II.

A Oramed espera fazer parceria com grandes empresas farmacêuticas para o desenvolvimento e venda do medicamento.

Além disso, Kidron acredita que a tecnologia de entrega oral exclusiva da sua empresa “serve como uma plataforma para outras vacinas e tratamentos médicos disponíveis atualmente em forma injetável”.


A Oramed é apoiada e orientada por líderes importantes no campo da pesquisa e do desenvolvimento, incluindo: Professor Avram Hershko, 2004 Prêmio Nobel em Química;Professor John Amatruda, Ex-Vice-Presidente Sênior da Merck and Co., Inc.; Professor Ele Ferrannini, ex-Presidente da EASD; e Dr. Michael Berelowitz, ex-Vice-Presidente Sênior da Pfizer, Inc. e, no momento, Presidente do Conselho Científico da Oramed.
Fonte: No Camels

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