segunda-feira, 18 de maio de 2015

Edison Lobão, o “Big Wolf”, o “Tio”… Oposição quer, e com razão, o ministro depondo na CPI da Petrobras. Ou: Hora da CPI do BNDES e dos Fundos de Pensão


A oposição quer o senador Edison Lobão (PMDB-MA) depondo na CPI da Petrobras e vai redobrar o esforço para instalar as necessárias CPIs dos Fundos de Pensão e do BNDES. Por que isso? Vamos ver. Se os dados que constam num inquérito aberto pela Justiça Federal de São Paulo, já remetido ao Supremo, estiverem certos, o senador Edison Lobão, ministro de Minas e Energia em parte do governo Lula e durante todo o primeiro mandato de Dilma, é um pouco mais do que um político folclórico, que não sabe a diferença entre uma tomada das antigas e um focinho de porco, embora tenha sido o responsável pelo setor elétrico do País. O tal inquérito apura a participação do ex-ministro, como sócio oculto, numa holding chamada Diamond Mountain (Montanha de Diamantes), que atua na área de captação de recursos de fundos de pensão, fornecedoras da Petrobras e empresas que recebem financiamento do BNDES. Segundo informa o Estadão, “a Diamond Mountain Cayman Holding tem cinco subsidiárias no Brasil, entre elas a Diamond Mountain Investimentos e Gestão de Recursos. A empresa é gestora de fundos de investimento e prospecta recursos de fornecedores da Petrobrás e entidades de previdência como Petros (Petrobrás), Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa) e Núcleos (Eletronuclear). O Postalis, de funcionários dos Correios, tem R$ 67,5 milhões no Fundo de Investimento em Participações Mezanino Diamond Mountain Marine Infraestrutura, gerido pela Diamond desde 2014. Lobão tem indicados em duas diretorias da entidade”. Essa investigação não está na mira da Operação Lava Jato, na qual Lobão é também investigado. A apuração teve início porque um ex-sócio da Diamond Mountain, dizendo-se lesado por outros dirigentes, decidiu botar a boca no trombone. Segundo disse, o testa de ferro de Lobão na holding é o maranhense Márcio Coutinho, que já foi advogado de sua campanha derrotada ao governo do Maranhão no ano passado e hoje o representa nos rolos do Supremo. Lobão nega qualquer ligação com a empresa. Funcionários da Diamond dizem que o senador é conhecido internamente como “Big Wolf” — “grande lobo”, em inglês, ou seja “Lobão” — e “Tio”. Há evidências de que “Big Wolf”, quando ministro, se encontrou várias vezes com dirigentes da empresa — sem compromisso anotado na agenda, é claro! Há um impressionante documento que veio à luz. Em carta à Diamond, de 13 de março de 2012, Gustavo Tardin Barbosa, gerente executivo de Finanças da Petrobrás, ofereceu-se para ajudar a capitalizar recursos para dois fundos criados pela holding, cujo objetivo era prospectar investimentos de fornecedoras da estatal. Diz ele: “Prontificamo-nos a, eventualmente, acompanhar V.Sas. durante o processo de capitalização do FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios), participando de reuniões com investidores nacionais e estrangeiros, bem como fornecendo informações e material que se mostrem necessários. Permanecemos à disposição de V.Sas. para a criação de ações conjuntas que se fizerem necessárias para se alcançar o sucesso do programa”. O plural parece indicar que fala em nome da empresa, obedecendo a ordens superiores. Por que diabos uma empresa estatal daria esse tipo de apoio a uma empresa privada? O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quer dar mais duas importantes contribuições ao País? Crie facilidades, não dificuldades, para a instalação das CPIs dos Fundos de Pensão e do BNDES. E que os peemedebistas da comissão que investiga as lambanças na Petrobras tenham a hombridade de apoiar a convocação de Lobão, o “Tio”, o “Big Wolf”. Por Reinaldo Azevedo

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