sábado, 18 de abril de 2015

Lenta e Gradualmente - by Miranda Sá


MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

De vez em quando é preciso teorizar, e o momento nos obriga a refletir sobre a marcha lenta e gradual e invisível do lulo-petismo para a implantação de uma ditadura narco-populista no Brasil. É mais um improviso intelectual arremedando a triste experiência do chavismo.
O projeto de 20 anos de poder do corrupto José Dirceu é a base da linha totalitária detectada pelos que têm olhos de ver e ouvidos de ouvir. Foi elaborado sob a teoria do professor Michael Ross exposta no seu livro The Oil Curse, de que o dinheiro do petróleo tende a formar ou ajudar regimes autoritários; e assim nasceu o Petrolão.
Assim perpetrou-se o assalto à estatal do petróleo - o um orgulho nacional –, com este fim. Foi a “expropriação” do Estado pelo Governo; e tudo ia dando certo, não fosse a ganância dos pelegos usurpando os bilhões de dólares desviados na compra de refinarias, investimentos nos exterior e das triviais propinas revelada pela Operação Lava-Jato.
Não foi, porém, apenas a ação do MPF e da PF que abortou o golpe lulo-petista, contribuiu para isto a ruína do PT-governo pela incompetência administrativa e a inaptidão política de Dilma. E Lula sabia disso esperando o fracasso dela no primeiro mandato, quando voltaria nos braços do povo como “salvador da pátria”. Um milagre do além impediu seu diabólico plano, pois a queda só ocorreu após a reeleição.
A pilantragem dos pelegos, mesmo sem os petrodólares, manteve o projeto, agitando os despreparados subchefes do PT (com poucas exceções). Assim, as bases assumiram a barulheira; a turma do “queima” do MST e derivados, UNE, CUT e partidos satélites é usada pela hierarquia para cumprir o programa.
Os dois primeiros passos já foram dados: A ideologização do Itamaraty, desmoralizando o Brasil no concerto das nações; e o sucateamento das forças armadas. A redução e cortes de verbas no Orçamento para os dois importantes órgãos espelham isto.
Já desarmaram os cidadãos de bem, mas ainda faltam o controle da Polícia Federal e a desmilitarização das polícias militares, que são atacadas ferozmente como violentas, racistas e elitistas e usadas contra a juventude, os negros e a pobreza periférica. A propaganda contra as PMs é maciça e felizmente inócua até agora. Mas se conseguirem fazê-lo, o resto fica fácil.
Tentaram impor as idéias nefastas do plebiscito e da Constituinte exclusiva que fracassaram, e agora trabalham por uma reforma política para reduzir o Poder Legislativo pela predominância dos conselhos políticos, baseados nos sovietes da triste experiência russa.
Culpam a mídia por isso, insistindo em controlar a imprensa em nome de uma “democratização” baseada nos exemplo do jornal único, oficial, de Cuba, o Granma, e repugnados. Como não mais conseguem mobilizar as massas denunciam as manifestações da resistência popular como dirigidas pela CIA...
Por fim investirão para submeter a economia ocupando o Banco Central e a Bolsa de Valores para usá-los como já fazem no BNDES, transformado em lavanderia a céu aberto para lavar nosso dinheiro ao sabor de interesses externos.
Interrompidas as propinas da Petrobras, dos fundos de pensão e outros órgãos de governo sob vigilância da mídia e do Ministério Público, investem no aparelhamento do governo, a cooptação dos movimentos sociais e armar “o exército de Stédile”.
No plano cultural, distribui-se a teoria gramscista embrulhada no papel celofane do besteirol de frei Boff e Marilena Chauí, os “clássicos” do narco-populismo petista, ditos “de esquerda”. A mal amada Chauí revela histericamente de cátedra o seu ódio à classe média; Boff aplica sua esquisita dialética na tese de que as massas que ocupam as ruas contra Dilma são movidas pelo ódio contra o PT pela perda das últimas eleições.
O demais intelectuais chapas-branca, que cultuam o analfabetismo e a esperteza de Lula, com habilidade para se apropriar dos bens públicos, acompanham por tarefa esses espectros da vanguarda da retaguarda. Os marxistas dos Irmãos Marx.
Embora ridículos não devem ser subestimados; são desprezíveis, no entanto muito perigosos. Estão armados do amoralismo, do desprezo pela ética e da viseira cavalar que só lhes permite enxergar o partido em prejuízo do Brasil.
Os golpistas avançam lenta e gradualmente, mas enfrentam a poderosa reação dos patriotas brasileiros, acima dos partidos, religiões ou adesões filosóficas; e o povo unido jamais será vencido!

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