quarta-feira, 8 de abril de 2015

Impopular e sem saída, Dilma renuncia à ação política e joga poder no colo do Quarteto Fantástico do PMDB



Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Na prática, Dilma Rousseff renunciou ao seu mandato. Abriu mão da direção Política, porque delegou as articulações ao seu vice-Presidente Michel Temer, que forma o "Quarteto Fantástico" com Eduardo Cunha, Renan Calheiros e o eterno imortal José Sarney. Já tinha pedido a direção da Economia, pois já tinha sido forçada a deixar tudo sob decisão de Joaquim Levy - o "Quinto Elemento", que é ministro da Fazenda dos banqueiros.

Agora, só falta Dilma renunciar ao trono presidencial - que os chargistas comparam a um vaso sanitário. A "Raínha" Dilma deixou claro que colocar o maçom inglês Temer à frente de uma carroça sem rodas, além de uma temeridade contra o PT, é uma prova concreta de desespero, de quem tenta usar as últimas forças que tem para sobreviver politicamente a uma impopularidade nunca antes vista na História do Brasil. Dilma já era sem nunca ter sido. Eis o drama da Presidenta Porcina.

Penetrando fundo no vácuo deixado pela incapacidade moral de governabilidade da Presidenta Dilma Rousseff, o pragmático Presidente (da Câmara dos Deputados), Eduardo Cunha toma de assalto uma pauta capaz de inviabilizar o projeto de continuidade de poder do PT. Cunha saiu na frente no debate pela redefinição do pacto federativo - um dos temas essenciais para implantar de verdade a República e destravar o Brasil, restabelecendo o poder federativo a partir dos municípios e estados, enquanto se coloca a União Federal enquadrada em seu devido lugar.

O redesenho do pacto federativo é capaz de viabilizar algumas outras reformas fundamentais: a reforma tributária, a reforma judiciária e a reforma política (neste caso, implantando-se o voto distrital e distrital misto, essenciais para a legitimidade e representatividade do processo eleitoral que precisa ser aprimorado com a possibilidade de recontagem de votos, combinando um sistema impresso com o eletrônico). Todas estas, junto com o combate à corrupção, são pautas fundamentais de discussão para os milhões que sairão às ruas, domingo que vem, para protestar e exigir mudanças.

O presidenciável Eduardo Cunha já figura como um presidente paralelo que opera melhor que os outros. Não dá nem para citar o Presidentro $talinácio - mais por fora de tudo que nenhum outro. Tanto que Cunha já avisou ontem que seguirá na mesma linha de ação com a indicação de Temer para cuidar da relação política com o Congresso. Cunha só elogiou o companheiro Temer: "Ele é vice-presidente da República, na prática, já é responsável por tudo isso. Não considero isso como nomeação de ministros, é apenas uma delegação de função. A Casa vai continuar tratando a independência como deve ser tratada. Não vai alterar absolutamente nada".

O espertíssimo Eduardo Cunha apela até para as metáforas futebolísticas das quais Lula sempre abusou para indicar que Temer só vai facilitar sua vida: "Não há dúvida nenhuma que vai melhorar, não dá nem para comparar. É o mesmo que fazer um jogo de futebol e colocar tipos diferentes de atleta jogando. Como vice, ele já deveria ter sido utilizado há mais tempo, não necessariamente sendo chefe da articulação, mas ele era muito pouco demandado. Ele é o melhor quadro que o governo tem na articulação política".

A situação do desgoverno nazicomunopetralha tende a se agravar com a manifestação gigantesca programada para o próximo domingo, 12 de abril. O Palhasso do Planalto já reza por uma milagrosa e providencial chuva para inibir que milhões saiam às ruas para gritar contra a corrupção, a carestia, a inflação, o desemprego, os juros altos, os impostos absurdos, pedindo renúncia, impeachment ou intervenção constitucional contra Dilma.
O dia 13 já se desenha como azarado para a desgovernança do crime institucionalizado. A previsão é de que vêm bombas na Lava Jato. Intocáveis até agora provarão do dissabor de sentar na 13a Vara Federal, para enfrentar processos por crimes derivados da prática sistemática da corrupção. A previsão da "banda boa" do Judiciário é que pareceres amestrados, encomendados a peso de ouro, contra a eficácia da "colaboração premiada" não surtirão o efeito desejado.

O fim, que está próximo para muitos bandidos, pode ser o grande recomeço de um Brasil que precisa criar mecanismos sociais efetivos para se tornar honesto, transparente, democrático e produtivo.

Ficando meio sem jeito


Gestapo da internet?

O governo lançou ontem um pacto de enfrentamento de violações dos direitos humanos na internet e uma ouvidoria para receber denúncias online, o humaniza redes.

Um serviço para quem tem dúvidas sobre se alguma atitude na rede representa violação de direitos também será montado - conforme promessa oficial.

Desenhando, para quem ainda não entendeu, o desgoverno oficializou um mecanismo sofisticado de monitoramento e denuncismo, não com o intuito de coibir e corrigir os abusos, mas sim identificar, detalhadamente, quem são os "inimigos" nas redes sociais que precisam ser neutralizados ou destruídos...

Papo furado

Em cerimônia no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff disse que o desafio é conciliar a liberdade de expressão e de informação com a garantia dos direitos individuais.

Dilma exige mudanças no dia a dia de condutas ofensivas e que ferem a lei:

"O ambiente digital deveria seguir as regras éticas, comportamentais e de civilidade que queremos que corram no nosso dia a dia, mas não é o que vem ocorrendo. No Brasil e no mundo as redes sociais são palco de manifestações de caráter ofensivo e preconceituoso. Escondidas no anonimato, algumas pessoas se sentem à vontade para expressar todo tipo de agressão e difusão de mentiras. Somos a favor do bom debate, do respeito e da convivência democrática entre todos. Prezamos a liberdade e a democracia e queremos uma internet que compartilhe respeito e fortaleça direitos e deveres".

Perseguição programada 

Pela propaganda oficial, o humaniza redes ficará atento a casos de violação dos direitos das crianças e adolescentes, com foco em eventos que indiquem violência sexual e pornografia infantil.

Na operacionalidade prática, todas as denúncias recebidas pela ouvidoria (sobre quaisquer assuntos) serão analisadas e, em se configurando crime, serão encaminhadas às autoridades competentes.

O pacto envolve seis ministérios - Ministério da Justiça, Ministério das Comunicações, Ministério da Educação, Secretaria dos Direitos Humanos, Secretaria de Políticas para as Mulheres e Secretaria da Igualdade Racial.

Pátria Corruptora


CPi dos Fundos de Pensão

Com a assinatura de 30 senadores, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) protocolou na Mesa diretora do Senado requerimento de criação e instalação de uma CPI para apurar esquema de desvios que resultaram em rombos bilionários em fundos de pensão das estatais desde 2003, quando PT chegou ao poder.

Os alvos são as administrações do Postalis (Correios), Petros (Petrobras), Funcef (CEF) e Previ (BB).

O requerimento é de autoria de Aloysio e da senadora Ana Amélia (PP-RS) e contou com a assinatura do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG) entre os 30 subscritores.

Culpados pela safadeza


Aloysio lembrou que os prejuízos bilionários são o fruto de atividades predatórias dos dirigentes desses fundos, ligados a partidos políticos e sindicatos que não protegem os trabalhadores que representam:

"Chegaram ao cúmulo de investir e fazer aplicações temerárias em títulos da dívida da Venezuela. Somente no ano passado o Previ teve um impacto negativo de R$7.8 bilhões. Quem vai pagar esses prejuízos? Já falam em aumentar as contribuições dos trabalhadores, e o Tesouro também vai pagar para tapar mais esses buracos abertos pela incúria e corrupção de gestores ligados a partidos e sindicatos não comprometidos com os trabalhadores que representam".

O senador ressaltou a luta dos funcionários dos Correios, inclusive carteiros, brigam na Justiça para evitar uma redução de 25% — um quarto de seus salários — durante 15 anos, para cobrir um rombo de R$5.6 bilhões no Postalis, fundo de pensão da estatal controlado pelo PT e PMDB.

CPI do CARF

O senador Ataides Oliveira (PSDB-TO) também protocolou ontem requerimento, com 32 assinaturas, para instalação de uma CPI para investigar os responsáveis pelos desvios que podem chegar a R$19 bilhões no CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), revelados pela Operação Zelotes da Polícia Federal.

Na justificativa o senador tucano argumenta que o alcance das fraudes e dos crimes supostamente cometidos no âmbito do CARF, em valores que equivalem a cerca de 1/3 do esforço fiscal proposto pelo governo.

Por isso, o escândalo não pode passar despercebido pelo Senado Federal, que tem o dever de investigar a correta aplicação dos tributos.

Manifestantes espúrios


Poder sem mobilização


Batata bomba falhou...


Mortos de vergonha




© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 8 de Abril de 2015.

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