segunda-feira, 6 de abril de 2015
O vice-presidente do PSD no Rio Grande do Sul (o presidente do partido é o vice-governador, José Paulo Cairolli), o também ex-jogador do Grêmio, Danrlei de Deus Hinterholz, emitiu nota oficial na tarde desta segunda-feira para anunciar que rompeu política e pessoalmente com seu colega Jardel, o Mário Jardel de Almeida Ribeiro, deputado estadual do partido, o qual entrou em licença médica por uma semana após demitir todos os assessores do seu gabinete e da coordenadoria da bancada (25 cargos). O paradeiro do deputado estadual Jardel é desconhecido. Ele nomeou um novo chefe de gabinete, Cristian Camargo, o qual deu entrevistas dizendo que Jardel estava muito descontente desde o primeiro dia de mandato, quando chegou à Assembléia Legislativa e encontrou todo mundo nomeado no seu gabinete e na bancada. Cristian, em nome de Jardel, fez acusações pesadíssimas. Disse que o deputado era obrigado a assinar todos os papéis que lhe apresentavam, que o chefe de gabinete demitido mandava mais que o deputado, que Jardel sofria ameaças de morte de parte de assessores, que a assessoria encostou gente ao lado do deputado para fornecer drogas, que ele era obrigado a assinar diárias fictícias e daí em diante. Ou seja, um rol de coisas que precisam ser investigadas tanto pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul quanto pela Polícia Federal. Na sua nota, Danrlei faz insinuações graves sobre seu amigo de 20 anos. Leia a nota de Danrlei: "A arte ou ofício de exercer a boa política carrega consigo responsabilidade, solidariedade, lealdade e compromissos maiores de todos os representantes parlamentares com seus eleitores e com a sociedade como um todo que tem o dever de representar. Por mais de 20 anos, fui colega de clube, parceiro e amigo do hoje Dep. Mario Jardel de Almeida Ribeiro, tendo, inclusive, buscado estimular sua candidatura nas últimas eleições, até como forma de superação de estágios pessoais que em outras circunstâncias sei que seriam difíceis de transpor. Empenhei-me pessoalmente em sua eleição, dedicando esforço pessoal, carinho, amizade e até compromisso político com seu voto. A eleição de Mario Jardel à Assembleia Legislativa contou com um verdadeiro "time político" tanto meu quanto do PSD que já vinham envolvidos com minha candidatura e meu desempenho junto à Câmara dos Deputados. A sua eleição representou não apenas uma vitória deste grupo, mas também o êxito de uma missão partidária ao qual não apenas Jardel, como também este "time Pessedista" e os meus eleitores puderam se identificar ao longo desta caminhada. Lamento, contudo, que mesmo sendo um período curto em que exerce seu mandato na Assembleia Legislativa, eu me obrigue, por dever de lealdade e compromisso político com os milhares de gaúchos que elegeram não apenas Jardel mas também a mim, a romper publicamente com este a quem confiei minhas mais profundas e sinceras expectativas. Alguém que logo no início de uma longa jornada, a de um mandato parlamentar, falha em princípios éticos como lealdade, confiança e consideração. Não quero relacionar-me publicamente com quem conduz seu mandato e sua vida da maneira como meu ex-colega demonstrou que vai conduzir. A partir de agora, declaro meu rompimento político e pessoal com Mario Jardel, justamente por ele descumprir tais normas elementares sobre a qual tínhamos consenso e acordo que haveríamos de cumprir. Espero que pelo menos mantenha o compromisso político de honrar o mandato que o PSD ajudou-o a conquistar". É uma nota que, pelo tom, evidentemente não foi escrita pelo deputado federal Danrlei Hinterholtz. Aliás, o partido do qual ele é o maior destaque, o PSD, no Rio Grande do Sul não passa de uma mera filial do PTB de Sérgio Zambiasi e Claudio Manfrói. A "turma" do PSD nomeada nos cargos no gabinete e na bancada do partido é a mesma que circulava no PTB.
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