Posted: 26 Feb 2015 02:33 AM PST
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, se reuniu, durante o Carnaval, com um diretor da Odebrecht. No entanto, o encontro com o membro da cúpula da transnacional baiana não aconteceu na festança de Salvador. Mas sim no luxuoso Hotel George V, em Paris, bem longe dos olhares profanos. Cunha só deu azar em sua tática de confidencialidade porque um alto funcionário de um grande banco o viu, identificou seu interlocutor, e já vazou a informação sobre a reunião parisiense, para quem quisesse ouvir, em uma rodinha de milionários reunidos em um clube de elite paulistano. O cuidado foi tanto que, durante o reinado de Momo, divulgou-se que Cunha estava em Portugal, e não na França...
Em princípio, não há nada de errado no fato de Cunha se reunir com alguém da Odebrecht - muito citada, porém ainda não indiciada até agora em nenhum processo da Lava Jato. Advogados da empreiteira já tinham se reunido, publicamente, com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que pecou pela indiscrição pública e se desgasta por isto. Nos bastidores políticos e jurídicos, a empresa promove um corre-corre para diminuir os danos que o escândalo do Petrolão já lhe causa. Sob alto risco de perder crédito, e muito alavancada (sobretudo por obras públicas cujos pagamentos não recebe dos governos e das estatais), a Odebrecht não deseja quebrar, ou ser assimilada por alguma gigante concorrente.
O fato de procurar Eduardo Cunha, e da reunião acontecer bem distante do Brasil, só confirma o poder que tem hoje o presidente da Câmara - que opera politicamente como se já fosse uma espécie de Presidente paralelo do Brasil, colocando Dilma Rousseff contra as cordas, agindo de forma independente como chefão do Legislativo e, discretamente, promovendo sua imagem para uma futura aventura presidencial em 2018 - ou até antes disto, se a Presidência da República, por motivo de impedimento de Dilma e de Michel Temer, lhe cair no colo.
O evangélico Cunha é um magistral operador de bastidores, onde age veloz e discretamente, conseguindo fazer muitos políticos e empresários rezarem em sua cartilha. Atualmente, tem muito mais poder real dentro do PMDB que Renan Calheiros e Michel Temer. O primeiro anda apavorado com o risco de ter o nome citado na lista negra da Lava Jato. O segundo, embora vice-presidente da República, pouco apita no desgoverno petista - do qual é sócio. Este ano, a Presidenta Dilma sequer o recebeu ainda para uma audiência - o que confirma a dimensão real de seu prestígio e importância na (má) gestão dela.
Já Eduardo Cunha partiu para o pau, mostrou a cobra, e agora a leva para cuidados no serpentário oculto do submundo político. Eduardo sabe, melhor que ninguém, disputar o joguinho do morde-e-assopra. Estrategista, sabe onde deseja chegar, e se aproveita de um desgoverno absolutamente sem coordenação política, com uma Presidenta incompetente, perdida e cada dia mais desgastada, por escândalos de corrupção e por uma crise econômica que ela mesma criou.
Eduardo Cunha sabe fazer média com suas bases. Por isso, a tendência é que siga avançando sobre os espaços políticos que o impasse institucional vai gerando. Ainda é cedo para falar em "Cunha 2018". Mas é bem factual que ele já exerce, com habilidade, o poder no mercado político paralelo. O desespero petista é que não tem armas convencionais para destruí-lo, nem neutralizá-lo e muito menos cooptá-lo. Mais fácil é acontecer o contrário...
Assim, o jeito será comer na mão de Eduardo Cunha, até onde for possível aguantar a fome e sede de poder dos ocupantes dos apodrecidos poderes nada republicanos no Brasil da Impunidade.
Haja caminhão
O que será de nós?
Extinção das mesas
O senador José Serra (PSDB-SP) protocolou proposta de emenda à Constituição (PEC) que visa a extinguir as Mesas Diretoras das Casas Legislativas do país.
Isso valeria para todas as câmaras municipais, assembleias legislativas, Câmara dos Deputados e Senado.
Cada uma delas teria apenas um presidente e um vice, como acontece em países como Estados Unidos e Chile.
Justificativa
José Serra argumenta que a disputa pelos cargos nas Casas Legislativas, como acontece, é foco de conflito e de cooptação entre partidos e parlamentares:
“As pessoas são eleitas para legislar, fiscalizar, fazer propostas, não para ficarem disputando cargos administrativos e pilotando concorrências para contratar serviços ou equipamentos, material de escritório e alimentos”.
A PEC propõe que as funções das mesas sejam desempenhadas pelo quadro de servidores efetivos das casas.
Em geral, os parlamentares que ocupam funções nas mesas podem dispor de salas maiores, contratar ou requisitar mais funcionários, e várias outras regalias.
Barbárie nazicomunopetralha
Texto que circula viralmente na internet, junto com a imagem da ação violenta da nazicomunopetralhada contra manifestantes contra o desgoverno Dilma, segunda-feira passada, na porta da ABI, no RJ:
"O PT não tem militância, tem milícia. O PT não tem programa, tem um manual de guerrilha. O PT não tem ideologia, tem uma doutrina satanista. O PT não é um partido político, é uma facção criminosa".
Rumo ao Impeachment
Esperando pela lista
Colidindo com o Levy
Pequeno grande mal entendido...
Maçonaria contra a Corrupção
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 26 de Fevereiro de 2015.
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