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Por Aileda Mattos de Oliveira
Não, não foi uma mulher, uma presidente preocupada em resolver problemas cruciais do Brasil que participou de um ritual cívico de caráter político, em Brasília. Não foi uma chefe de Estado que, pela segunda vez, tornou-se o centro das atenções mundial, após disputar, democraticamente com seu adversário, a direção da Nação. Não!
Quem usou pé de cabra tecnológico para arrombar as portas das urnas eletrônicas não pode ser assim considerada, mas uma criatura resultante da tessitura de todas as péssimas qualidades e jogada no Brasil para destilar o seu veneno ingênito. Obra do Mal, não pode transmitir o que inexiste em suas entranhas: Honestidade para o crescimento do País.
Ontem, primeiro de janeiro, a Mentira tomou posse, acompanhada de seu muito ativo séquito: a Injúria, a Calúnia, a Fraude, a Corrupção e de seu companheiro de todas as horas, o Cinismo Sem Limites.
Sim, sem limites, porquanto a ‘senhora’, no seu discurso pré-fabricado, mascarando a defesa da Petrobras, falou em “predadores internos e inimigos externos”*. Será que entendi?
Como nunca cita os nomes dos predadores, suponho que sejam todos os que tomam conta do duto da dinheirama e que têm nomes e sobrenomes divulgados e conhecidos dos brasileiros, já muito envergonhados de sê-los pela destruição intencional do Brasil, em mãos da barbárie política.
Não precisa identificar os “inimigos externos” porque somos nós, os defensores das instituições nacionais, aqueles que desejam ver o Brasil ressurgir das cinzas, ou melhor, os “fascistas”, os “militaristas”, os amantes da “ditadura militar”, os adoradores dos “anos de chumbo”, os de “direita”.
Esses “inimigos externos” deverão ser atacados por todos os flancos para que os “predadores internos” tenham mais tranquilidade em surrupiar o que ainda resta da outrora empresa, orgulho do Brasil, já que a sem Graça permanece.
Os arroubos públicos da Mentira tornam-se caricaturais. Fala em “Pátria”, sentimento que lhe é estranho e soa como um tiro de canhão, o mesmo que lhe assustou, no arremedo da posse, por não ter a consciência tranquila. O que diremos, então, com “Brasil, pátria educadora”?**
Que ministros a Mentira pôs nessa farsa de governo, tão capacitados em transformarem o Brasil num centro educacional liberador de inteligências? Qual o programa da Mentira para esse segundo mandato de engulho?
E por falar em ministros, Jaques Wagner no MD, não é a superprovocação da Mentira empossada?
Assim nasce 2015, que poderá ser o começo do término dessa tragédia, já há muito encenada por coadjuvantes mambembes.
A plateia começa a se mexer demais nas cadeiras.
*Estado de S. Paulo, Capa e Caderno Especial, 2 de janeiro de 2015.
** Idem, Caderno Especial.
Aileda Mattos de Oliveira é Dr.ª em Língua Portuguesa. Vice-Presidente da Academia Brasileira de Defesa.
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