TORTO BRASIL
- Raphael Curvo
Raphael Curvo
Torto Brasil
Este Brasil não é sério, isso foi dito pelo presidente Charles de Gaulle nos anos 60 e teremos que engolir isso sei lá por quantos anos mais. A CPI do Senado Federal é um circo montado pelo governo Dillma para buscar salvar seus erros na presidência do Conselho de Administração da Petrobras. É inacreditável que um terço dos membros desta fajuta CPI é composta de senadores que receberam grandes benefícios monetários, pecuniários ou dinheiro, como queiram, de grandes fornecedoras da empresa investigada, ou seja, a Petrobras. Será que todos nós brasileiros somos imbecis, idiotas, dementes e por aí vai, para o Senado e governo, na cara dura, montar este circo e acreditar que é moral, ético e decente?
Semana passada o grande chefe declara em Portugal que o mensalão não existiu, foi uma grande farsa. Não satisfeito com essa deslavada e inconseqüente declaração, embute nela a suspeição da credibilidade da maior corte da Nação, o Supremo Tribunal Federal – STF ao afirmar que o julgamento das falcatruas e furtos do dinheiro público para pagar deputados foi 80% política e 20% jurídica. Só ele conhece a fonte desses dados. Não bastasse, na cara limpa e deslavada, nega serem os presidiários da Papuda, pessoas de sua confiança. Como disse Ferreira Goulart em seu artigo para a Folha de São Paulo, foram os que assumiram a culpa para livrar Lulla.
Em programa político do PT, a dupla Lulla e Dillma, mentem descaradamente de que foram eles os “feitores deste novo Brasil”. Os avanços sociais pregados são de programas estabelecidos pelos governos anteriores de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, caso do Plano Real que estabilizou a economia brasileira e tornou possível o controle da inflação. Foi esse Plano Real, com a estabilização da inflação, que permitiu ao povo brasileiro ter maiores ganhos e ver seu salário valer no final do mês, o que ultimamente já não está sendo mais possível.
Os programas sociais que o Lulla recebeu do FHC tinham como meta dar capacidade de crescimento a melhor condição de vida ao cidadão sem, entretanto, tirar dele a possibilidade de crescer profissionalmente, de estimular a freqüência dos filhos das famílias pobres na escola. Não era a compra do povo, mas de apoio ao povo. Tanto o Plano Real como os programas sociais criados pelo FHC, juntados todos pelo Lulla como Bolsa Família, sofreram no período de sua implantação, sérios ataques do PT, principalmente do Lulla que dizia que esses programas eram para iludir o povo na compra do seu voto. Disse o Barba (Lulla) analisando a condição do cidadão brasileiro: “ o povo brasileiro vota com o estômago”, ou seja, a bolsa alimentação é que daria a população a orientação do seu voto. Qualificou o povo de incapacitado para pensar e votar.
Além de todas essas barbáries que tratam a população como massa de manobra, distribuindo casas e dinheiro para se manterem no governo, não conseguem realizar nada de útil ao desenvolvimento do Brasil. Em tudo que o PT mete a mão, quando não desvia recursos, não consegue terminar nada. A única grande obra dos 12 anos do governo petista foi terminada em Cuba. O que conseguem fazer com maestria é destruir com o que de bom existia, caso Petrobras, energia, transportes, estradas e infraestrutura. Mesmo gastando seis vezes mais do que o inicialmente previsto, não conseguem terminar, como é o caso da refinaria de Abreu e Lima em Pernambuco cujo orçamento de 2 bilhões já está em 22 bilhões e muito ainda por fazer. A transposição do São Francisco não é preciso nem falar, de 2,5 bilhões já passou dos 7 e ainda não correu uma gota de água.
O incrível do programa petista foi a presidente prometer reforma política e tantas outras como um novo mundo a surgir no horizonte. Só esqueceu que o mesmo dito foi mote de campanha em 2010, mas nenhuma reforma se viu, aliás, não se viu nada do prometido em campanha passada, estão aí os hospitais, a educação com suas escolas sem professor e carteiras para os alunos, assaltos e saques da população, tudo é prova de que o Brasil está mal e vai piorar porque não há capacidade no governo capaz de reverter tal quadro. Essa é a razão de que cerca de 61% dos brasileiros não admitem o voto obrigatório e 57% rejeitariam votar se existisse essa opção. Isso quer dizer, “descrédito no governo”, nas Instituições.
Tenho para mim que o voto não é obrigatório. Há sanção que é o pagamento de multa. O eleitor vota se quiser. A multa (R$ 3,50) é relativa, na sua essência, a desobediência de uma ação exigida e, salvo melhor juízo, não há um fato consumado ilegal, passível de condenação judicial. Paga a multa, tudo está quites. É assim, o torto Brasil.
Rapphael Curvo
Jornalista e Adv. Rapphael Curvo
Adv. Ellen Maia Dezan Curvo
OAB/SP 275669
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