Tanto a presidente Dilma como seu ministro Guido Mantega têm repetido insistentemente que o problema do nosso baixo crescimento se deve à “crise internacional”. É preciso bater nessa tecla de forma cansativa, pois a alternativa seria reconhecer o gritante fracasso da “nova matriz macroeconômica” adotada por seu governo. Mas há respaldo na realidade tal afirmação?
Não, não há. O Brasil de Dilma é simplesmente o lanterninha no crescimento, mesmo se considerarmos somente os vizinhos latino-americanos (incluir os asiáticos na comparação seria muita covardia). O crescimento acumulado de nosso PIB em dólares durante os três primeiros anos do governo Dilma foi praticamente nulo! Vejam:
Visto de outra maneira, só para deixar bem claro o quanto nossa economia ficou para trás nesse período:
A Argentina está com o crescimento superestimado devido ao câmbio artificialmente controlado e aos dados oficiais manipulados. O nosso câmbio, vale notar, também está artificialmente valorizado por meio de leilões do Banco Central, que já fez quase US$ 100 bilhões em swaps cambiais. Se o dólar estivesse flutuando livremente, estaria acima do valor atual, o que daria um PIB em dólares ainda menor para o Brasil.
Um Pangloss, diante desse quadro lamentável, poderia dizer que tudo será melhor agora, que o pior já passou, que o Brasil vai “bombar” este ano. Nada mais falso. As projeções para o crescimento econômico de 2014, que não foram incluídas no gráfico, pioram ainda mais a situação relativa do Brasil. Eis as estimativas de crescimento para este ano:
Como podemos ver, o Brasil continua na lanterna, melhor apenas que a Argentina, país cujo governo bolivariano é elogiado pelo PT. O PIB brasileiro simplesmente estagnou durante a gestão de Dilma, e a conclusão é evidente: a causa disso é totalmente interna, não tem ligação alguma com uma suposta “crise internacional”. Quem repete essa ladainha está deliberadamente tentando enganar os outros.
Rodrigo Constantino
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