quinta-feira, 2 de outubro de 2014

A OAB de Brasília não tem vaga para Joaquim Barbosa. Os motivos são dois: vergonha na cara e excesso de altivez

Augusto Nunes

Joaquim-Barbosa-Foto-Nelson-Jr-STF1
Além de admiráveis mestres do Direito, dos juristas de fina linhagem e de incontáveis especialistas que honram a profissão, o universo de portadores da carteirinha da Ordem dos Advogados do Brasil abriga bacharéis de quinta categoria, doutores em patifarias, rábulas mequetrefes, vigaristas de porta de cadeia, pombos-correio de organizações criminosas, coiteiros de assassinos psicopatas, subornadores de agentes carcerários, contrabandistas de celulares, estupradores da lei, da moral e dos bons costumes, chicaneiros compulsivos e outras deformações da tribo que prolifera nos tribunais.
A multiplicação das obscenidades talvez tenha engolido o espaço que restava para advogados. O ex-ministro Joaquim Barbosa, por exemplo, não conseguiu a vaga que reivindicou à OAB do Distrito Federal. Presidente da seccional e responsável pelo veto, um certo Ibaneis Rocha acha que “falta idoneidade moral” ao requerente. O que falta ao relator do pedido de carteirinha é a vergonha na cara que sempre sobrou ao relator do processo do mensalão. O episódio infame confirma que certas manifestações de covardia exigem mais coragem que a mais temerária demonstração de bravura em combate.

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