para Caroline Valansi
existem poemas que se escrevem com palavras
o seu quero escrever com o corpo
com esse gosto de quando nossa pele se encosta
corrente elétrica atravessando a medula
existem poemas que se escrevem com tinta
o seu eu quero com água
este e aquele mundo submersos
onde com você eu posso respirar
o seu quero escrever com o corpo
com esse gosto de quando nossa pele se encosta
corrente elétrica atravessando a medula
existem poemas que se escrevem com tinta
o seu eu quero com água
este e aquele mundo submersos
onde com você eu posso respirar
Existem poemas que se escrevem sozinhos
o seu eu quero acompanhado
com sorrisos ou com lágrimas
dessas dores e delícias que são da vida
mas que só a gente sabe torcer
pra curar as feridas e fazer durar
mais um pouquinho
o prazer explosivo
de antes do amanhecer
o seu eu quero acompanhado
com sorrisos ou com lágrimas
dessas dores e delícias que são da vida
mas que só a gente sabe torcer
pra curar as feridas e fazer durar
mais um pouquinho
o prazer explosivo
de antes do amanhecer
existem poemas em silêncio
o seu eu quero aos berros
com gritos e sussurros
gargalhadas e gemidos
o seu eu quero aos berros
com gritos e sussurros
gargalhadas e gemidos
existem poemas que explicam
o seu eu quero com mistérios
pra desvendar
caça ao tesouro secreto
escondido onde nem você sabia
o seu eu quero com mistérios
pra desvendar
caça ao tesouro secreto
escondido onde nem você sabia
existem poemas que são aqui
o seu eu quero em todo lugar
o seu eu quero em todo lugar
Domingos Guimaraens nasceu no Rio de Janeiro em 1979 - É poeta e artista plástico. Pertence ao coletivo poético Os Sete Novos, ao lado de Augusto de Guimaraens Cavalcanti e Mariano Marovatto e, juntos, publicaram o livro Amoramérica. Domingos ajudou na organização do CEP 20000 (Centro de Experimentação Poética) por alguns anos, recentemente publicou o poema Um Épico pela Cartonera Caraatapa. Como artista plástico, pertence ao grupo Opavivará.
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