sábado, 6 de setembro de 2014

Delação de Paulo Roberto Costa será encaminhada para Supremo homologar


A delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa será encaminhada ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, para que seja homologada.
A delação de Paulo Roberto criou um ambiente de pânico no meio político de Brasília, já que ele citou nominalmente políticos do PP, PMDB e PT. Como revelou o Blog, o PT já teme reflexos desse escândalo na campanha presidencial.
O ministro Teori Zavascki não é obrigado a aceitar os termos da delação premiada negociada com Paulo Roberto, pelo juiz federal Sérgio Moro. Mas alguns advogados que acompanham o caso reconhecem que todo o processo foi muito bem conduzido pelo juiz Moro. Até mesmo o procurador geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Paraná um subprocurador para acompanhar o caso.
As primeiras informações indicam que Paulo Roberto denunciou o envolvimento de dezenas de deputados e senadores no esquema de desvio de recursos da Petrobras. No depoimento, ele revela que parte do corpo técnico da estatal “está na folha de pagamento de empresas fornecedoras da Petrobras”.
Nesses depoimentos, ele já citou nomes de executivos de grandes empresas e até mesmo de empreiteiros. Os políticos recebiam repasses dos contratos firmados pela Petrobras.
Paulo Roberto Costa decidiu denunciar todo o esquema de irregularidade na Petrobras depois que ficou abalado psicologicamente. Ele foi submetido a regras rigorosas dentro da prisão. Nas últimas duas semanas, depois que decidiu colaborar com a Justiça, Paulo Roberto já teve a situação interna flexibilizada.

Paulo Roberto foi pressionado pela família para fazer a delação premiada. Em março deste ano, ele foi preso na Operação Lava Jato. Documentos apreendidos pela Polícia Federal indicam que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras – cargo que ocupou de 2004 a 2012 – que ele arrecadava recursos para políticos com grandes empresas fornecedoras da Petrobras. 

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