segunda-feira, 28 de julho de 2014

Liliput - by Miranda Sá


MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

A miopia diplomática levou o PT-governo a convocar o embaixador brasileiro em Tel-Aviv, ferindo o tradicional princípio de respeito à autodeterminação dos povos do ItaramatyAté para quem não se acostumou a testemunhar o definhamento da nossa diplomacia, sob a assistência de um comissário político, considerou a medida deplorável.
Pela mesquinhez, o Itamaraty recebeu uma resposta inequívoca. O porta-voz da Chancelaria israelense qualificou o Brasil de "anão diplomático" e de "parceiro irrelevante que cria problemas em vez de contribuir com soluções".
Sentimos vergonha, mas defendemos o direito do Estado de Israel de se manifestar dessa maneira, pela impudência do governo lulo-petista.
Não se trata de assumir um dos lados entre israelitas e palestinos, por que não nos cabe julgar se a guerra em que se empenham é justa ou injusta. O que nos revolta é ver aonde chegou o corpo diplomático brasileiro, que era admirado e respeitado pela cultura, altivez e integridade, mediando conflitos.
Do outro lado, essa situação de vexame revela ao mundo a verdadeira face do Brasil aviltado por um partido hegemônico e degenerado. Ficou indisfarçável o nanismo ético, moral e abastardado que os brasileiros constatam.
Doravante a desgraça nacional já não se limita à resistência dos patriotas; atravessou as nossas fronteiras. Agora, a imagem do Brasil lá fora é em grande angular. Reflete a ocupação do 79º nível entre 167 países no Índice de Desenvolvimento Humano, a ruína da Educação e da Saúde Pública; reproduz-se na decadência das empresas estatais (o exemplo é a Petrobras), e pela corrupção.
Visto pelas lentes internacionais, o gigante pela própria natureza converteu-se num anão. Reprisa a “A Ilha da Fantasia”, com o inesquecível Ricardo Montalban interpretando Sr.Roark, e o seu fiel escudeiro, o anão Tatoo, por Hervé Villechaize. Mr. Roark é o comissário Marco Aurélio “Top-Top” Garcia e Tatoo, a composição nanica do Itamaraty...
O desnível entre a fantasia petista e as reais expectativas nacionais de recuperar o País, leva-nos, também, à alegoria do genial escritor e político irlandês Jonathan Swift, no seu livro “As viagens de Gulliver”.
“As viagens de Gulliver”, classificado entre nós como literatura infanto-juvenil é muito mais do que isto: nele encontramos um compêndio de ensinamentos filosóficos, sociológicos e políticos de fazer inveja a muito PhD...
Swift nos conta a presença de um náufrago arremessado à ilha de Lilipute. O sobrevivente, Gulliver, rapaz de um metro e setenta, foi aprisionado pelos liliputeanos, pequenos seres de oito polegadas de altura. Chamado de Homem-Montanha foi à presença da majestade imperial e este lhe propôs colaborar com o reino em troca de alimentos e bebidas (capazes de suprir 1.728 liliputeanos). O acordo foi aceito e o Homem Montanha viu-se em liberdade.
O Brasil – “gigante pela própria natureza” – está preso pelos pigmeus do PT; carece de alimentos por causa de uma inflação incontrolável e tem sua liberdade ameaçada por um decreto fascista, que visa instalar uma República Sindicalista, eufemismo de ditadura narco-populista dos pelegos.
O País-Montanha virou um País-Anão. Por isso sua diplomacia é orientada por ideologias ultrapassadas: curva-se diante do cocalero Evo Morales, ajuda ditaduras africanas e mendiga uma representação no Conselho de Segurança da ONU.
Diante de tamanha mediocridade, tremem no túmulo Rio Branco e Joaquim Nabuco que nos orgulhavam. Homúnculos que aparelham os órgãos do PT-governo não chegam aos pés dos liliputeanos descritos na carta de Gulliver ao seu primo Sympson. Nela, o Homem Montanha afirma que os habitantes de Lilipute “têm tanta existência quanto os habitantes de Utopia”...
Por felicidade, nossas redes sociais materializam nossa existência, não utópica, mas real. Batalham por um Brasil que mereça respeito, pelo desenvolvimento, justiça e liberdade. Lutam contra o rebaixamento nacional sem se intimidar pelos MAVs nanicos, defensores da infame política externa que faz do Brasil uma Lilipute no concerto das nações.

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