O PT é realmente incrível. O líder do partido no Senado, Humberto Costa,pediu que o ministro José Jorge, do Tribunal de Contas da União (TCU), se afaste da relatoria dos processos relacionados à Petrobras.
Segundo o senador, José Jorge foi ministro de Minas e Energia durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, participou do Conselho de Administração da Petrobras e até aprovou importantes decisões da empresa que hoje também podem se tornar alvo de investigação.
“Quero dizer que estou constrangendo esse cidadão. Ele deveria se declarar suspeito de ser relator. Ele não só deveria vir aqui como também se declarar suspeito de continuar relatando tomada de contas da Petrobras”, disse Humberto Costa. Tudo pela isenção, certo?
Constrangido, se tivesse vergonha na cara, deveria ficar o PT ao escolher como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) um petista de carteirinha como Antonio Dias Toffoli. O currículo do jovem ministro é quase todo ligado ao PT, ou então aos seus braços sindicais, como a CUT.
Foi assessor jurídico da liderança do PT por mais de 5 anos. Foi advogado do PT nas 3 campanhas de Lula a presidente. E, de janeiro de 2003 a julho de 2005, exerceu o cargo de subchefe da área de Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República, durante a gestão de José Dirceu.
Isso sem falar que em 1994 e 1995 prestou concurso para juiz substituto do Estado de São Paulo, mas foi reprovado nas duas vezes. Onde está o notório saber jurídico necessário para exercer função tão importante?
Nada disso, porém, o impediu de ser nomeado ministro do STF, e pior!, de participar do julgamento do mensalão. Naquela ocasião, o PT estava se lixando para essa coisa de isenção. É o velho duplo padrão do PT, que só lembra de certos valores básicos quando é para cobrar dos seus oponentes um comportamento adequado. Mas ter um petista disfarçado de ministro no STF, isso não tem problema algum…
Rodrigo Constantino
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