em: COMPRAR CASA | tags: Comprando Meu Imóvel , Construção , Custos | fonte: Lugar Certo
Arquitetos vendem projetos de casas pela internet por preços entre R$150 e R$600. Cliente economiza tempo e dinheiro, mas não garante exclusividade.
O plano de construir a casa dos sonhos está distante? A internet dá uma mãozinha para quem não pode gastar muito dinheiro ou quer se mudar em pouco tempo. Alguns sites brasileiros vendem projetos arquitetônicos, com preços mais acessíveis, que podem ser finalizados em menos de um mês. Basta escolher o desenho que mais agradar. A distância, o arquiteto vai executar o projeto da casa de acordo com as informações repassadas por e-mail pelo cliente.
Com o trabalho focado na internet, o coordenador de projetos do site Monte sua casa, Mauricio Niewiorowski, consegue atender clientes em áreas do Brasil e do mundo onde existe dificuldade de contratar profissionais. Para os que moram em grandes cidades, a vantagem é não precisar se deslocar para encontrar o arquiteto e ser mais assertivo na decisão. “Às vezes, o cliente visita um escritório de arquitetura e não se identifica com nenhum dos projetos executados. Pela quantidade que mostramos, certamente ele vai gostar de alguma ideia e não precisa sair do zero”, justifica. No site criado em Curitiba (PR), são disponibilizados cerca de 1.500 modelos.
Segundo Niewiorowski, a preocupação da equipe de arquitetos e engenheiros espalhados pelo Paraná, São Paulo e Bahia é acertar com agilidade o leiaute da casa imaginada pelo cliente, por isso alterações são livremente discutidas por e-mail. Além do desenho arquitetônico, o site oferece à parte projetos estrutural, hidráulico, elétrico e maquete eletrônica. “Finalizados todos os projetos, fazemos uma lista bem detalhada dos materiais necessários para a construção. O cliente, então, terá um planejamento da obra bem próximo da realidade. A única parte que ele precisa contratar a mais é o engenheiro”, diz.
Na visão do arquiteto paraense Ary Rabelo, um dos fundadores do site Soprojetos, uma das vantagens para o cliente é economizar tempo. Dependendo dos ajustes, é possível receber o desenho em poucas horas. O custo também é menor. “O arquiteto comum cobra pela exclusividade, mas algumas pessoas não se importam em pagar mais barato para ter um projeto de casas pela internet nem tão exclusivo. O nosso cliente paga por serviço trabalhado por muito mais tempo, por muitas mãos e comprado por diferentes pessoas, que chega a um preço extremamente inferior”, pontua. A maior parte dos compradores adquirem os projetos prontos, que custam de R$ 150 a R$ 600. Já um desenho personalizado pode ultrapassar R$ 3 mil.
Desafios
Em 2004, o escritório de arquitetura de Santarém (PA) começou a colocar à venda na internet a biblioteca de projetos desenhados em três décadas. “Até hoje temos o desafio de demonstrar que arquitetura e web podem trabalhar em conjunto. Web não exclui o arquiteto, é apenas uma forma diferente de comunicação”, comenta Rabelo. O fundador do site Soprojetos não vê problema em projetar uma casa sem estar ao lado do cliente. Apesar de não haver contato pessoal, o comprador e o profissional podem conversar por telefone e e-mail. Além disso, ferramentas on-line como Google Street View e o próprio envio de fotos ajudam o arquiteto a analisar o terreno sem que seja necessário se deslocar.
Proprietário do site Loja de projetos, o arquiteto Hamilton Turola ressalta que vende a receita do bolo, mas não coloca a mão na massa. “O cliente recebe todas as informações para saber o que tem que fazer dali para frente, mas para ele construir a casa vai precisar contratar um profissional que assuma a responsabilidade técnica pela obra”, alerta. O arquiteto explica que o engenheiro também é necessário para a aprovação do projeto na administração municipal. À frente do site criado há dois anos em Mogi Mirim (SP), Turola enxerga que a internet quebrou barreiras, pois hoje ele pode projetar a casa de um cliente que está em outro país. A lei apenas não permite que ele acompanhe a obra a distância.
Fonte: Lugar Certo - Celina Aquino - Estado de Minas
Nenhum comentário:
Postar um comentário