quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Tel Aviv, um caldeirão arquitetônico


Reforma urbana causa polêmica na cidade

21/02/2014 | POR REDAÇÃO; FOTOS OR KAPLAN

Arquitetura Tel Aviv (Foto: Or Kaplan)
Ao lado da antiquíssima cidade portuária de Jaffa, citada até na bíblia, fica a jovem cidade de Tel Aviv. Com seus pouco mais de cem anos, foi declarada Patrimônio Mundial pela Unesco por ter a maior concentração do mundo de construções no estilo Bauhaus. A Cidade Branca, como é conhecida a região onde elas se encontram, é quase um museu a céu aberto para os amantes da vanguarda alemã dos anos 1920.

Entretanto, o tempo passou e a arquitetura telavivense evoluiu. Ela se tornou um mix de vários estilos, sofrendo influências pré-modernas, modernistas e pós-modernistas, sem falar nos enormes arranha-céus contemporâneos. As evoluções da cidade continuam e, enquanto o espaço público ganha cara nova, alguns prédios históricos vão abaixo.

No litoral da cidade, um novo projeto visa planificar a região e alongá-la até o porto de Jaffa, criando um grande calçadão com vista livre para a praia. O plano do arquiteto Maizlish Kassif, responsável pela reforma da orla, é que as praias se fundam em uma imensidão plana, e não mais existam os muros de contenção que as separam da cidade. Para isso, o objetivo é que níveis descendentes de madeira deem acesso à areia, facilitando, inclusive, o acesso dos portadores de deficiência.
Arquitetura Tel Aviv (Foto: Or Kaplan)
Acontece que, no meio do caminho, ficam prédios como o Atarim Square, um complexo arquitetônico brutalista criado por Yosef Werner e Yaakov Rechter em 1975. No passado, a construção era usada como um centro comercial e de entretenimento. Atarim foi erguido sobre uma estrada movimentada e acabou criando um obstáculo para ver o mar. Hoje, o prédio é um grande elefante-branco. Abandonado, ele espera que seu destino seja decidido, entre reforma ou demolição. De uma forma ou de outra, as possibilidades têm gerado discussões entre aqueles que viveram bons momentos por lá. A parte do projeto já concluída é um grande sucesso na opinião publica, mas a segunda fase será decidida num processo aberto ao público na câmara de Tel Aviv.

O mesmo acontece com as avenidas da cidade. Antes estradas empoeiradas, foram transformadas em verdadeiros corredores arborizados de pedestres e bicicletas. No caminho, algumas construções antigas foram transformadas em cafeterias fervilhantes enquanto outras, destruídos em prol da vista do horizonte e da brisa oceânica.

As reformas continuam e a discussão fica por conta da preservação da história arquitetônica da cidade. Nos últimos anos, a planificação trouxe de volta a ocupação das ruas pela população mas, de acordo com os críticos, vem transformando Tel Aviv em uma cidade padrão, prejudicando sua personalidade marcante. Os resultados, só o tempo dirá. Enquanto isso, a cidade continua sendo um caldeirão arquitetônico em constantes transformações.
Arquitetura Tel Aviv (Foto: Or Kaplan)

Arquitetura Tel Aviv (Foto: Or Kaplan)

Arquitetura Tel Aviv (Foto: Or Kaplan)

Arquitetura Tel Aviv (Foto: Or Kaplan)


Arquitetura Tel Aviv (Foto: Or Kaplan)

Arquitetura Tel Aviv (Foto: Or Kaplan)

Arquitetura Tel Aviv (Foto: Or Kaplan)

  (Foto: Or Kaplan)

Arquitetura Tel Aviv (Foto: Or Kaplan)

Arquitetura Tel Aviv (Foto: Or Kaplan)

Arquitetura Tel Aviv (Foto: Or Kaplan)

Arquitetura Tel Aviv (Foto: Or Kaplan)

Arquitetura Tel Aviv (Foto: Or Kaplan)

Nenhum comentário:

Postar um comentário