sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

TUMA JUNIOR CONTA QUE TARSO GENRO, SEU CHEFE, NÃO PASSA DE UM "GRILO FALANTE"

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014


Do jornalista Políbio Braga - Em 2008, o ministro da Justiça do governo Lula, Tarso Genro, atual governador do Rio Grande do Sul, passou a pressionar seu secretário nacional da Justiça, Romeu Tuma Júnior, para que ele formasse um dossiê e com base em dados preliminares obtidos sobre o escândalo da Alstom e depois vazasse tudo para a imprensa, com o objetivo claro de prejudicar a eleição de Gilberto Kassab ao governo de São Paulo, favorecendo Marta Suplicy. Por tabela, também atingiria a campanha tucana de Geraldo Alckmin e de Serra em 2010. Marta Suplícy perdeu o pleito. O episódio é contado em detalhes no livro “Assassinato de Reputações”. Na página 172, escreve Tuma Júnior: "Eles começaram a me pressionar para deixar vazar a informação e me neguei. O ministro da Justiça, Tarso Genro, estava me pressionando pessoalmente, vinha à minha orelha como um grilo falante". O que Tuma Júnior teria a ganhar com o ato criminoso? Ele explica: "A mim ninguém vinha oferecer propina porque senão eu metia a mão na cara do sujeito e prendia em flagrante. Por isso vinham doces. E começou a sair na imprensa que vinha informação da Alstom envolvendo os tucanos". O secretário nacional da Justiça cobrou do governo da Suiça informações sobre o caso, mas eles responderam que ainda não tinham enviado nada. Tuma Júnior procurou Tarso Genro: "Ministro, eles têm que respeitar a autoridade central brasileira para cooperação jurídica em matéria penal, que é a minha secretaria". Os documentos acabaram chegando na secretaria nacional da Justiça. Tuminha mandou lacrar tudo. Era via única. Ele queria testar quem é que vazaria e enviou uma cópia para o Ministério Público Federal, para o procurador Aragão. No mesmo dia a Folha e o Estadão receberam cópias pelas mãos da secretária do procurador, Sônia Filgueiras, que depois de algum tempo foi trabalhar no gabinete da jornalista Tereza Cruvinel, mulher de confiança do então ministro Franklin Martins, homem de Tarso Genro, de Lula e de Gilberto Carvalho. Conta Tuma Júnior: "Foi o próprio governo, o ministro Tarso Genro e os seus companheiros, que deram ordem para ela vazar. É um toma-lá-dá-cá dos diabos". Sônia Filgueiras, antes de vazar, procurou Tuminha no gabinete, fazendo questão de incluir na agenda de visitas o seu nome, visando comprometer o secretário nacional da Justiça. Ele conta que só não acabou na roda porque vazou a conversa que gravou com a secretária, sem ela saber, prevendo o pior.

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