domingo, 15 de dezembro de 2013

RENOVAÇÃO NA POLÍTICA, por Rapphael Curvo


imagesA renovação na política não diz respeito única e exclusivamente dos e nos políticos. Esta é uma forma errada de pensar da maioria da população. É verdade que é via políticos que se faz a política. Há, entretanto, caminhos consolidados em que a Nação se impõe e a espinha dorsal dela encaminha as ações políticas dos políticos. Isto só é possível quando há um pensamento nacional, ou seja, a população sabe o quer e onde quer chegar. Neste caso, a ação dos políticos está encaminhada e não permite a ele devaneios e atitudes casuísticas ou até mesmo personalistas. Já existe uma determinação imposta pelo povo e cabe ao político observá-la.
Assistindo a uma palestra do ex presidente Fernando Henrique Cardoso, o assunto renovação veio à tona, mas na forma mudança de representantes políticos como meio de oxigenar o campo político brasileiro, “sair das velhas práticas”. No meu entender é a abertura para novas políticas, mas não foi falado sobre o acompanhamento e entendimento do ato de mudar dos que tem o poder de mudar: o eleitor. Esta ação do eleitor só será possível via campanha de educação política, do ato político e seus resultados. Sem este estímulo, ignorado pelos que querem uma mudança, a alteração do status quo será lenta e nem tanto gradual. São milhares de minutos e de dinheiro jogados fora todos os anos pelos partidos em seu horário gratuito (?) que poderiam estabelecer esta possibilidade de mudança com o ensino do que é política e suas conseqüências. Neste caso, teríamos uma janela para sair das velhas práticas.
Praticar este ensinamento apenas em período eleitoral não será possível buscar por resultados de renovação, é um processo de “catequização”. Até pode chegar ao eleitor a mensagem de que há uma necessidade de novas práticas. Ocorre que a insegurança, que toda mudança instiga, o leva a uma atitude conservadora tipo Tiririca: “pior do que está, não vai ficar”. Antes assim do que correr riscos.
Este procedimento conservador está calcado na falta de um entendimento e pensamento nacional, que absorva o eleitor e se torne um objetivo da população de forma que, o resultado das urnas, será a política de ação dos políticos. Para se chegar a isso, de forma rápida e consciente, cabe aos líderes de boa formação, existem os de péssimas, assumirem esta direção e marquem um “confronto” com a população para ganhar dela a sua confiança e compreensão de que a ela, e unicamente, cabe a responsabilidade de transformação da Nação e não, ficar a espera de favores daqueles que são dependentes dela e não seu patrão.
A renovação política tem que ser de postura, antes de ser de pessoas. Não é possível o aceite geral ante a aberração de ato do governo que pensando econômica e financeiramente, posterga o prazo de lei que preserva a vida, como é o caso da lei que obriga todos os veículos produzidos no Brasil, a partir de 2014, a terem como equipamentos obrigatórios o freio ABS e Airbags. Milhares de sofrimentos aos brasileiros começariam a ser evitados, mas a ganância pela arrecadação, o medo de sua perda ou redução, como em outros atos, levou o governo Dilma Rousseff a prorrogar por mais dois anos a entrada em vigor da lei.
Este é um exemplo gravíssimo de como é necessária uma renovação política, renovação de um pensar político. Outro exemplo: a liquidação da Petrobrás para o governo defender seus interesses, de grupos, partido e de permanência no poder se utilizando do desconhecimento do povo as conseqüências dessa ação. Outro, o Eike Battista, que só o governo e Lulla não viram e jogaram milhões do dinheiro do povo, do Tesouro Nacional, na lata de lixo. Estava claro que ele vendia sonhos, que era o mercador de ilusões.
A essas atitudes não vemos de nenhuma corrente de ação, seja lá de que organização for, de conscientização popular sobre o fato grave e tantos outros. Nem mesmo de partidos que deveriam ser o caminho ideológico do povo, e não de grupos. A Ucrânia dá um grande exemplo ao Brasil do que é o pensamento nacional, da Nação, ao não aceitar a mudança do governo ao seu desejo de participar da União Européia. O povo ucraniano determina a sua política. E o brasileiro, quando vai determinar a sua política? A renovação política é necessária e fundamental, mais que isso, é vital.

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