domingo, 28 de julho de 2013

Os coroas dão aulas de como se joga futebol


Tostão (O Tempo)
Os coroas Alex, Seedorf, Juninho Pernambucano, Zé Roberto e Juan estão dando aula de como se joga futebol. Eles continuam bem fisicamente, e o nível técnico do futebol brasileiro é baixo. Eles estão por aqui porque não tinham mais chance de jogar nas melhores equipes da Europa. Muitos comentaristas, geralmente ex-jogadores, não entendem assim. Essa realidade não diminui em nada o brilhantismo de suas carreiras.
Depois das boas atuações da seleção e da conquista da Copa das Confederações, parece proibido dizer que o futebol brasileiro está com muitos problemas, dentro e fora de campo. A seleção, nessa competição, com oito jogadores que atuam fora (agora, são dez), foi um fato isolado, em parte por jogar no Brasil.
É preciso continuar com os protestos: fora a elitização dos novos estádios, fora a perpetuação de dirigentes no poder, fora o iminente perdão de todas as dívidas dos clubes com o governo (em torno de R$ 3 bilhões), fora o excesso de chutões, de jogadas aéreas, de faltas; fora Marín e fora os mais velhos e os mais jovens ditadores, como o técnico Gallo, das categorias de base do Brasil, como demonstrou em sua entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”. Ele quis agradar a seu chefe (Marín), que o tinha elogiado, como futuro técnico da seleção principal.
Termino com Ganso. Após refletir sobre as últimas atuações do jogador, todas no mesmo nível, cheguei a uma conclusão bizarra, que pode estar totalmente errada, de que o Ganso atual, tão criticado, joga da mesma forma e com a mesma qualidade do Ganso do Santos, quando era endeusado. Mudaram apenas os olhares e as circunstâncias.
Antes, como o Santos ganhava e jogava muito bem – tinha Neymar –, todos elogiavam os toques bonitos, precisos e inteligentes de Ganso, que simbolizava o reencontro com o talento dos grandes armadores do passado. Agora, como o São Paulo joga muito mal e perde, Ganso se tornou símbolo do futebol lento, pouco prático e ultrapassado

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