terça-feira, 16 de abril de 2013

PALOCCI MESOCLÍTICO



Giulio Sanamrtini
Antonio Palocci teve duas vezes que deixar ministérios petistas por ladroagem explicita, mas como um gatuno, ele tem o dobro das vidas dos gatos, que são sete, assim  volta sempre e cada vez mais forte.
Enrabá-los-ei todos!
Enrabá-los-ei todos!
Vamos relembrar: no dia 27 de março de 2006, exercendo o cargo de ministro da Fazenda e considerado o homem forte do governo Lula,  viu-se constrangido a pedir demissão, quando mandou ilegalmente quebrar o sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, testemunha de acusação contra Palocci, que declarou tê-lo visto freqüentando a mansão para reuniões de lobistas acusados de interferir em negócios de seu interesse no governo Lula, para partilhar dinheiro além de abrigar festas animadas por garotas de programa.
Depois de um curto período de ostracismo, foi trazido de volta à ribalta pela candidata  Dilma Rousseff, como membro  e líder da coordenação nacional da campanha.
No novo governo petista foi nomeado, no dia 1° de janeiro de 2011, ministro-chefe da Casa Civil.
Mas passados pouco mais de 5 meses o poderoso ministro de Dilma Rousseff teve que renunciar acusado de ter em 4 anos multiplicado por 20 o patrimônio declarado em 2006.
Esperava-se que este fosse o fim do homem público Antonio Palocci; ledo engano, num  país onde Luiz Inácio Lula  da Silva continua dando as cartas, tudo pode acontecer, ele, como João Valentão de Dorival Caimy, “faz coisas que até Deus duvida” (1).
O metalúrgico, que está em franca decadência, com seu prestígio popular descendo aos trambulhões  a ladeira, resolveu rasgar a fantasia e sem o mínimo pejo fez cocô molinho na cabeça daquela que pensa que manda, mostrando que, salvo prova em contrário,  quem manda mesmo ainda é ele e… ponto!
Sem consultar ninguém e na surdina (mas não muito), na primeira semana de março, tirou da câmara ardente o “ex-ministros” que tal qual um Lázaro redivivo foi correndo ao encontro, na Toca do Ali Baba (Instituto da Cidadania), depois de uma conversa de 3 horas, ficou estabelecido que Palocci faria semanalmente avaliações da Política econômica e, mais ainda, seria o intermediário para aparar as arrestas entre o PT e o empresariado.
Na quarta-feira 3, durante sete horas o ex-ministro esteve reunido com Falcão, Lula e a “presidenta” Dilma no hotel Unique, em São Paulo. Na pauta estava a sucessão estadual e dois possíveis candidatos ao governo paulista participaram de parte do encontro: Aloyzio Mercadante, ministro da Educação, Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo. De acordo com um dos presentes, durante a reunião Lula pediu abertamente sugestões a Palocci para iniciar uma estratégia capaz de atrair banqueiros para o projeto petista em São Paulo. Em uma conversa reservada, porém, o ex-presidente teria pedido ao ex-ministro que sondasse junto aos banqueiros qual dos pré-candidatos petistas seria aceito com maior entusiasmo. Em 2010, apenas 7% dos recursos da campanha de Dilma vieram dos grandes bancos.
Acho que está de bom tamanho, pois o país reforçou sua equipe oficial de ladrões, seja por ação, seja por omissão conivente.
Na fotografia de Palocci, que ilustra essa matéria, não restam dúvidas que eles está dizendo para si mesmo: Enrabá-los-ei todos!

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