domingo, 4 de novembro de 2012

O SANDY DEIXA SUA MARCA NO CARIBE



Giulio Sanmartini
A passagem do furacão Sandy, por New York, recebeu  mídia mundial inúmeras páginas e fotos que registraram  esse terrível  cataclismo.
Todavia, antes da cidade estadunidense, o Sandy deixou sua queixa em outros países do caribe: Haiti com 54 mortos, Cuba com 11, Jamaica e Bahamas cada uma com 1 morto.
No paupérrimo e desafortunado Haiti, mais de um milhão de pessoas correm risco de ficar sem alimento algum. O país foi atingido num momento crítico para a agricultura, já atingida pela seca e pelo furacão Isaac (agosto de 2012).
Há indícios que o Sandy tenha destruído totalmente a colheita que estava sendo preparada no Sul do país, além disso foram destruídas algo como 20 mil habitações.
As informações sobre Cuba, também foram escassas, parece que não interessa ao governo registrar notícias negativas, estas me chegaram pela blogueira dissidente Yoani Sanchz. Vejamos o que escreve:
“O furacão Sandy devastou a Cidade  de Santiago de Cuba e causou graves danos em outras da zona oriental do país. As imagens falam mais do que se possa escrever, mas as tele-câmeras, a duras penas conseguem somente registrar uma parte do drama. A tragédia se desenvolve num plano difícil de fotografar ou de descrever com palavras. Milhares de pessoas viram o vento levar-lhes uma boa parte de suas vidas. Sandy empregou 5 horas para atravessar o oriente da ilha, mas destruiu casas, infra-estrutura e objetos que levarão anos para serem reconstruídos. A perda de vidas humanas foi o saldo mais trágico, mas também a natureza sofreu muito.
As intensas rajadas de vento golpearam zonas habitadas com anos de degradação nas costas; a população  não tinha reservas de alimentação para enfrentar os dois dias de paralisação que se seguiram.
Só admitindo a gravidade da situação será possível encontrar soluções. O governo tem a responsabilidade de gerir com transparência e humildade essa situação de emergência. Faz-se necessário botar de lado o orgulho e pedir ajuda aos organismos internacionais.
Nós cubanos, esperamos que as autoridades providenciem a vinda da Cruz Vermelha Internacional e de outras organizações humanitárias, para avaliarem a situação da zona atingida e contribuírem com recursos e solidariedade, a fim de ajudar àqueles que perderam quase tudo.
A ameaça de novos focos de cólera e a possibilidade de difusão da dengue impõem a tomada de decisões urgentes.
Não Podemos mais esperar!”
(1) Fotomontagem: A destruição em Santiago e Yoani.

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