Larissa Veloso
INSTALOU, GANHOU
Ao "alugar" o telhado, o consumidor fica com 80% da energia gerada
Os consumidores brasileiros ainda não se deram conta, mas há uma mina de ouro sobre as nossas cabeças. Alguns moradores do hemisfério norte já perceberam isso e estão lucrando com a energia solar. Eles “alugam” seus telhados para produzir eletricidade e em troca recebem a instalação do equipamento de graça. No fim, todos os envolvidos no processo são beneficiados. Além de revender o excedente de energia, o empresário conta com incentivos vindos do governo, que, por sua vez, diminui o uso da poluente energia vinda de outras fontes.
A produção de energia solar residencial se desenvolveu graças a um sistema denominado Fit (Feed-In Tarifs, ou tarifas alimentadas na fonte), um serviço que permite que o usuário venda o excedente de eletricidade para a concessionária (leia quadro). Essa modalidade já existe na Alemanha, no Reino Unido e nos Estados Unidos.
“É um sistema que na Europa está dando muito certo por conta de incentivos governamentais. O governo viu que sairia mais caro investir em novas usinas do que subsidiar a construção de painéis solares nas casas das pessoas”, diz Luiz Henrique Ferreira, diretor da Inovatech, empresa que presta consultoria sobre sustentabilidade na área de construção. No Brasil, uma iniciativa para aumentar essa prática foi tomada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Em abril deste ano, o órgão aprovou novas regras que permitem que o consumidor brasileiro também possa vender seu excedente para as concessionárias. Mas a questão não é tão simples.
Enquanto os europeus podem receber os painéis fotovoltaicos praticamente de graça, no Brasil é preciso pagar cerca de R$ 30 mil para a instalação do sistema. “Essas placas não são fabricadas no Brasil, temos de importá-las, o que aumenta o custo. O valor das peças representa 70% do que o consumidor paga”, aponta Pedro Aureliano Quintão, um dos sócios da Neo Solar, empresa do ramo. Por isso, empresários brasileiros afirmam que, sem outros estímulos, não há como o setor se desenvolver. “O mercado continua estagnado, e as perspectivas dependem de ações conjuntas, dentre elas, isenções de impostos e linhas de financiamento”, argumenta Marcel Uete, diretor comercial da Solar Terra.
Uma mudança dessa magnitude depende da ação de ministérios e de aprovação de leis pelo Poder Legislativo. Assim, que o Sol de Brasília sirva de inspiração para os que têm o poder de decidir.
A produção de energia solar residencial se desenvolveu graças a um sistema denominado Fit (Feed-In Tarifs, ou tarifas alimentadas na fonte), um serviço que permite que o usuário venda o excedente de eletricidade para a concessionária (leia quadro). Essa modalidade já existe na Alemanha, no Reino Unido e nos Estados Unidos.
“É um sistema que na Europa está dando muito certo por conta de incentivos governamentais. O governo viu que sairia mais caro investir em novas usinas do que subsidiar a construção de painéis solares nas casas das pessoas”, diz Luiz Henrique Ferreira, diretor da Inovatech, empresa que presta consultoria sobre sustentabilidade na área de construção. No Brasil, uma iniciativa para aumentar essa prática foi tomada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Em abril deste ano, o órgão aprovou novas regras que permitem que o consumidor brasileiro também possa vender seu excedente para as concessionárias. Mas a questão não é tão simples.
Enquanto os europeus podem receber os painéis fotovoltaicos praticamente de graça, no Brasil é preciso pagar cerca de R$ 30 mil para a instalação do sistema. “Essas placas não são fabricadas no Brasil, temos de importá-las, o que aumenta o custo. O valor das peças representa 70% do que o consumidor paga”, aponta Pedro Aureliano Quintão, um dos sócios da Neo Solar, empresa do ramo. Por isso, empresários brasileiros afirmam que, sem outros estímulos, não há como o setor se desenvolver. “O mercado continua estagnado, e as perspectivas dependem de ações conjuntas, dentre elas, isenções de impostos e linhas de financiamento”, argumenta Marcel Uete, diretor comercial da Solar Terra.
Uma mudança dessa magnitude depende da ação de ministérios e de aprovação de leis pelo Poder Legislativo. Assim, que o Sol de Brasília sirva de inspiração para os que têm o poder de decidir.
Observar que a geração distribuída no Brasil, possibilitando a instalação e operação de geradores domésticos já foi regulamentada pela Aneel, recente REN 482, de abril.
ResponderExcluirNesta primeira regulamentação facultar-se-a instalação de geradores em clientes do grupo "B", por exemplo foto voltaicos, após 240 dias da publicação da resolução em questão, considerando a necessidade das distribuidoras se prepararem para a conexão, padrões e normas.
Em específico, esta resolução determinou que o excedente de energia, gerada e não consumida, portanto injetada no sistema, será objeto de compensações de créditos, em prazo definido, valendo a compensação, para qualquer unidade consumidora de interesse do cliente, suprida pela mesma concessão, não sendo possível então, a "venda" da energia restante, como foi regulado na europa, em específico na Alemanha, com o objetivo de obter energia limpa e sustentável, em substituição as gerações térmicas, de origem nucleares, de alto custo, lembrando que no Brasil, temos 85 % de energia limpa e renovável, de baixo custo. No Brasil, o que encarece o custo final da energia vendida, são impostos e encargos incidentes.
Outro aspecto importante de salientar é o custo de instalações foto voltaicas no Brasil. Estima-se que uma instalação completa no Brasil, placas solares, sistema inversor de energia e medidor bidirecional, mais custos de instalação, totalizam ao cliente interessado, com impostos, algo da ordem de R$ 6,00 a 7,00 o W, compensando consumo a longo prazo, sendo portanto um investimento de retorno a longo prazo ! Engo. Ronaldo F. Muniz (35) 9197-5832