domingo, 1 de abril de 2012

Ninguém quer comandar o Conselho de Ética do Senado




Leandro Mazzini, da Coluna Esplanada, informa que os senadores estão fugindo da espinhosa tarefa de comandar o julgamento de Demóstenes Torres, que pode ser cassado por seu envolvimento com Carlinhos Cachoeira



Renan Calheiros corre atrás de alguém na bancada do PMDB que tope comandar investigação contra Demóstenes - Valter Campanato/ABr

Senado: ninguém quer comandar o Conselho de ÉticaPor ter a maior bancada, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), é o incumbido de indicar o novo presidente do adormecido Conselho de Ética, e passará o fim de semana tentando convencer um dos seus 80 pares a assumir a função em abril para julgar o caso Demóstenes Torres (DEM-GO). A tarefa é árdua. Alegando motivos diversos, desde suspeição, pela amizade, até um seco “não quero” ou “não posso”, os senadores têm recusado o convite e colocam sob risco a credibilidade da Casa Alta.
DescarteO problema é que quem toparia, o caso de Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), não pode, porque foi justo ele quem pediu a investigação do Conselho.
Telhado de vidroOutro problema: não pode ser alguém da oposição, que ficaria sob suspeita, ou do grupo dos independentes do PMDB, para não se voltarem contra o próprio Renan.
Teia de aranhaA Operação Monte Carlo, que ‘pegou’ o senador Demóstenes e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso pela PF, chegou às portas do gabinete do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT). O seu chefe de gabinete, o médico Cairo Peixoto, foi demitido depois da revelação de que ele armou reunião entre Cachoeira e vereadores da oposição.
Parque de maracutaiasA reunião entre Cachoeira e a oposição era para tentar negociar trégua nas denúncias contra a reforma do Mutirama, um parque de diversões de Goiânia com investimentos de R$ 100 milhões do Ministério do Turismo, na qual o bicheiro foi envolvido

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