sábado, 14 de abril de 2012

Chegue na hora


Pontualidade é uma virtude, não dá para discutir. É a primeira característica das pessoas confiáveis. Respeite seus compromissos

Eugênio Mussak (redacao.vocesa@abril.com.br)  
Crédito: Ilustrações: Denis Freitas
 - Crédito: Ilustrações: Denis Freitas
Você já participou de uma reunião em que alguém chegou atrasado? Pergunta boba. Seria melhor perguntar o contrário, se em alguma reunião todos chegaram na hora. Para quem vive em uma grande cidade, como São Paulo, onde, aliás, são realizados milhares de reuniões por dia, sempre sobra a desculpa-padrão dos atrasados: o trânsito, cada vez mais impossível. É verdade, o trânsito piora a cada dia, o que aumenta a probabilidade de atrasos aos compromissos de todos nós. 

Mas essa é apenas uma meia verdade, pois sempre podemos fazer alguma coisa para contornar as dificuldades, que não estão apenas no trânsito, mas em todos os lugares. Ser um bom estrategista, aliás, é levar em consideração todas as variáveis que possam afetar o plano original. Levando isso em conta, ao marcar um compromisso é vital considerar o tempo de deslocamento até o local, e este varia de acordo com o horário. 

Quer causar uma boa impressão ao seu interlocutor? Respeite o horário, pois o tempo é, atualmente, o patrimônio mais escasso. Pontualidade é uma virtude, não dá para discutir. É a primeira característica das pessoas confiáveis. Sabendo disso, muita gente está caprichando na pontualidade, o que é louvável. Só que há também os que, ao tentar impressionar, acabam cometendo outra gafe: chegam cedo demais. 

Quem faz isso corre o risco de pegar o outro desprevenido, dedicado a outra coisa, talvez ainda ao compromisso anterior, o que acaba gerando algum mal-estar. Ser pontual significa chegar no horário combinado, nem antes nem depois. Se você, cioso da pontualidade, antecipou-se e chegou cedo demais, o protocolo rcomenda que aguarde em algum lugar próximo, sem se fazer anunciar antes do tempo. 

Certa vez fui convidado para um almoço com o diretor de uma empresa em Vevey, na Suíça, com seis meses de antecedência. "Às 13h na portaria. Já reservei o restaurante", informou. E lá estava ele, acompanhado de dois colegas da diretoria, com a precisão de um cuco. Ter cruzado o oceano, tomado dois aviões, um trem e alugado um carro foram meros detalhes. 

Se eu não estivesse lá, não haveria negócio. E não porque ele determinou, e sim porque eu aceitei. Ponha o carimbo da pontualidade em seu currículo. Vale a pena. Sua imagem será aprimorada e, ainda mais importante, seu dia renderá mais, uma vez afastado o fantasma do tempo perdido. Está aí uma boa resolução de começo de ano: respeite seus horários.

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