Ex-ministro da Pesca, o deputado petê Luiz Sérgio (RJ) resolveu chamar pelo nome próprio –“malfeito”— a pescaria feita pelo PT de Santa Catarina (R$ 150 mil) na caixa registradora do fabricante das lanchas inúteis compradas pela pasta (R$ 31 milhões).
“Em relação à iniciativa do ministério de buscar contribuições, minha posição é contrária a isso”, disse Luiz Sérgio. “Não é função de ministério arrecadar dinheiro para candidaturas ou para partidos.” Das arcas do PT catarinense, as verbas foram à campanha de Ideli Salvatti ao governo do Estados, em 2010.
É corrupção?, indagou-se ao ex-ministro. E Luiz Sérgio, adotando vocáculo mais ao gosto de Dilma Rousseff: “Eu diria, como a nossa presidente tem feito, que é um malfeito.”
Líder do PT na Câmara, o deputado Jilmar Tatto (SP) discordou do companheiro: “Não há porque caracterizar como um malfeito, o ministério não pediu contribuição [para a campanha], foi o PT.” Hã? “Além disso, a doação é voluntária.” Hã, hã…
No poder federal desde 2003, o PT revela-se uma legenda inovadora. Depois do mensalão, criou a “contribuição” pré-datada. Antes, beliscava-se a empresa para depois oferecer-lhe os contratos. Agora, fecha-se o negócio antes e belisca-se o provedor depois. Inaugurou-se o voluntarismo de resultados.
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