São Paulo – O cartão de crédito não é inimigo do bolso, mas é preciso saber usar. “O cartão é prático e mais seguro que andar com dinheiro. Por isso a tendência é que a utilização cresça cada vez mais”, afirma Roberto Vertamatti, diretor-executivo de economia da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
A possibilidade de parcelar os gastos e os programas de incentivo são alguns fatores que fazem com que o consumidor cai em tentação para usar o cartão de crédito. A dica, porém, é que compras programadas e despesas extras não passem de 30% da renda de uma família. “Nesse percentual já está incluído o que pode ser gasto no cartão de crédito”, diz Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da PROTESTE. Ou seja: cartão não é dinheiro extra.
Alguns itens, porém, são naturalmente maus candidatos para o cartão de crédito, seja por representarem tarifas e impostos a mais, seja por comprometerem a renda por longos períodos. Confira cinco itens que o consumidor deve manter o mais longe possível do cartão de crédito.
1 – Compras mensais e rotineiras
Gastos como supermercado, combustível do carro e a compra de remédios de uso contínuo devem ficar longe do cartão. “Se é algo que você compra todo mês, já deve estar previsto no orçamento e não pode comprometer o cartão de crédito”, sugere Maria Inês Dolci.
2 - Parcelamentos longos
Sabe aquele plano anual numa academia que compromete o limite do cartão por 12 longos meses? Compras desse tipo devem ser evitadas. “Quanto mais longo é o parcelamento, maior a chance de se endividar”, afirma Maria Inês. O ideal é fazer a conta para quitar no menor número possível de prestações.
3 – Compras no exterior
3 – Compras no exterior
O consumidor tem dois bons motivos para manter esse gasto longe do cartão de crédito. Primeiro, o IOF de 6,38% que incide sobre as compras. “Às vezes um produto mais barato no exterior pode ficar com o mesmo preço do comprado no Brasil por conta da cobrança”, alerta Maria Inês. Além disso, ainda há a surpresa do câmbio. Como a conversão é feita no dia que fecha a fatura, e não no dia em que é realizada a compra, não dá para saber com qual cotação sua cobrança virá.
4- Saque no caixa eletrônico
Ao tirar dinheiro no caixa eletrônico com cartão de crédito, o consumidor está sujeito a pagar tarifas que variam entre cada cartão. “O serviço só deve ser utilizado em uma emergência”, aconselha Maria Inês.
5- Contas da casa
Pagar contas como água e luz no cartão de crédito não é bom negócio pois os pagamentos estão sujeitos também a cobrança do IOF. “É como se o consumidor estivesse fazendo um empréstimo”, diz Vertamatti, da Anefac.
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