E isso só será possível com a indicação de um notório conservador
Luís Roberto Barroso é um dos membros mais progressistas do STF. Quão progressista? Ele não só vê na legalização da maconha um caminho para se resolver a crise penitenciária vivida pelo Brasil, como acredita que um segundo passo pode ser a legalização da cocaína.
Não acredita? O Implicante copia aqui as palavras do próprio Barroso:
“A primeira etapa, ao meu ver, deve ser a descriminalização da maconha. Mas não é descriminalizar o consumo pessoal, é mais profundo do que isso. A gente deve legalizar a maconha. Produção, distribuição e consumo. Tratar como se trata o cigarro, uma atividade comercial. Ou seja: paga imposto, tem regulação, não pode fazer publicidade, tem contrapropaganda, tem controle. Isso quebra o poder do tráfico. Porque o que dá poder ao tráfico é a ilegalidade. E, se der certo com a maconha, aí eu acho que deve passar para a cocaína e quebrar o tráfico mesmo.“
Não é errado ser progressista. Não é errado defender essa visão de mundo, afinal, liberdade de expressão serve para isso. Mas o Brasil peca por ter apenas esse viés se fazendo ouvir na Suprema Corte. Um bom debate nascerá do momento em que Barroso ouvir os argumentos de alguém que possua uma visão contrária. Ou seja, um conservador.
Mas o nome conservador ensaiado para assumir o lugar de Teori Zavascki no STF já vem sendo bombardeado na imprensa. Qual o pecado dele? Defender a família em seu mais alto grau.
Se pode haver um membro do STF falando em legalização da cocaína, precisa haver um que analise a situação do ponto de vista do drama familiar, cujo o vício em drogas tantas vezes a consome do início ao fim.
É assim que o jogo funciona.
Fonte: O Globo
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