Em um domingo ensolarado na cidade de Tel Aviv, mais de 600 adolescentes trocaram a sala de aula por uma palestra com um dos mais importantes pesquisadores de cibersegurança do mundo: Isaac Ben-Israel, diretor do Centro Interdisciplinar de Pesquisa em Cibersegurança Blavatnik. O tema do encontro – que compreende o conjunto de tecnologias usadas para defender sistemas, redes, bancos de dados e dispositivos de ataques virtuais – não é uma novidade para esses alunos. “Israel é o único país em que se pode escolher estudar cibersegurança no Ensino Médio”, afirmou Ben-Israel, antes de dar as boas-vindas aos alunos. Durante três anos, eles têm aulas sobre o tema duas vezes por semana.
O programa faz parte da estratégia israelense para acelerar o desenvolvimento de novas tecnologias e se tornar uma potência em cibersegurança. “Cerca de 75% dos alunos que são selecionados para a inteligência do exército nos últimos anos participou desse programa”. A lógica é simples: ao introduzir um tema tão complexo mais cedo, os alunos chegam mais preparados ao exército, se especializam e saem prontos para criar suas próprias startups de serviços de segurança. O esforço tem dado resultados: nos últimos quatro anos, o número de startups especializadas em cibersegurança fundadas em Israel triplicou, alcançando 250 empresas no total. Juntas, elas representam 10% do mercado global, que chegou a US$ 65 bilhões em 2015.
Claudia Tozetto – O Estado de S.Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário