Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira
“O motivo que teve Aristóteles para se divertir da especulação, a que o seu gênio e inclinação natural o levava, como consta da sua Lógica, Física, e Metafísica, e dar-se a escrever livros históricos e morais, quais as suas Éticas epólicas e a história de animais, além de lho mandar o grande Alexandre, e lhe fazer as despesas, foi ver também, que estimava tanto o livro de Homero, em que se contam os feitos heróicos de Achiles, e de outros esforçados guerreiros que, segundo refere Plutarco in vita Alexandre de ordinário o trazia consigo, ou quando o largava da mão o fechava em escritório guarnecido de ouro, e pedras preciosas, melhor peça, que lhe coube dos despojos de Dario, ficando-lhe na mão a chave, que de ninguém a fiava, e com muita razão, porque como diz Túlio, de oratore, os livros históricos são luz da verdade, vida da memória, e mestres da vida; e Diodoro Siculo diz in proemio sui operis, que estes igualam os mancebos na prudência aos velhos, porque o que os velhos alcançam com larga vida e muitos discursos, podem os mancebos alcançar em poucas horas de lição, assentados em suas casas. Eis aqui a razão por que o grande Alexandre tanto estimava o livro de Homero, e se hoje houvera muitos Alexandres, também houvera muitos Homeros...” (Frei Vicente do Salvador, 1627)
Em determinado ponto, diz o autor acima referido, que o brasileiro é pouco “repúblico”; cuida mais da própria fazenda do que da de vossa majestade.
Hoje, quase quatrocentos anos depois, a história do brasileiro ainda está por ser escrita, pelo simples motivo de que ainda não terminou a formação de nosso povo.
Abandonado, explorado e ou massacrado quase sempre por governantes iníquos, o brasileiro tem dois lemas:
“Farinha pouca, meu pirão primeiro.”
“É tempo de murici, cada um cuide de si.”
E o novo técnico do Flamengo que aguente a rebordosa, porque mais arriscado que o emprego dele só o do Barbosa...
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
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